Anciã de 82 anos alvejada no pescoço durante troca de tiros entre agente do SIC, polícia e marginais
Uma anciã de 82 anos de idade, de nome Julieta Nelongo, moradora do Quarteirão-7, bairro Augusto Ngangula, município de Cacuaco, foi alvejada com dois tiros nesta quinta-feira, 08, por um agente da Polícia Nacional afecto ao destacamento do IBA, junto ao colégio Walter, durante troca de tiros com marginais.
Por: Kihunga Bessa
Uma das neta que falou sob anonimato ao Na Mira do Crime, explicou que tudo começou por volta das 15 horas, quando quatro marginais armados com arma de fogo do tipo pistola, transportados em duas motorizadas, de marca Ling keny, pararam naquela rua por conta de uma das motorizadas que havia terminado o combustível.
De acordo com a nossa entrevistada, os marginais retiravam o combustível de uma motorizada para outra, e aproveitavam o tempo para fazerem a divisão de valores monetários.
“De repente apareceu um agente do SIC conhecido por “Bota Fogo”, pertencente a esquadra da Casa Branca, do mercado do kicolo, e isto chamou atenção aos bandidos que suspeitaram, tendo um deles puxado a arma que tinha e começou a disparar contra o elemento do SIC, que entrou em trocas de tiros com os indivíduos", explicou.
Durante a troca de tiros, conta a jovem, o efectivo do SIC terá atingido um deles, mas não foi suficiente para capturá-lo, porque haviam terminado às munições da pistola.
“Foi daí que surgiu um agente da polícia da Esquadra do IBA, e para ajudar o colega, começou a disparar a queima-roupa contra todo o lado, tendo dois tiros atingido a anciã na região das costas e pescoço, quando esta se encontrava a almoçar no interior do seu quintal”, explicou.
Segundo familiares da vítima, depois da senhora ser atingida, os marginais fugiram e os polícias tomarem conta da situação, ninguém se prontificou a prestar socorro a senhora.
“Foi o neto da senhora, de apenas 15 anos de idade, que tudo fez para socorre-la, levando-a até ao Hospital Municipal de Cacuaco, onde foi transferida para o hospital Américo Boavida, em função da gravidade do caso”, lamentaram.
A família lamenta o facto que, desde ontem que ocorreu a situação, até ao momento, a polícia local nada diz sobre o sucedido, minimizando o caso, e pedem que o infractor seja responsabilizado pelo acto.