Secretário provincial da UNITA na Huíla lamenta intolerância de administradores comunais contra o seu partido
Os administradores comunais dos municípios da província da Huíla rejeitam ceder terrenos ao maior partido da oposição em Angola, UNITA, para construção de comités, por alegada intolerância política.
Por: Laurentino Tchatuvela (Huíla)
O secretário provincial da UNITA na Huíla, Augusto Samuel, num encontro mantido recentemente no Lubango com os seus membros, manifestou preocupação por causa da renitência demonstrada por certos responsáveis comunais, que recusam que a UNITA instale os seus comités nas respectivas localidades.
O dirigente político deu a conhecer que o seu partido solicitou espaços para construir comités em todas as comunas nos vários municípios da província da Huíla, “porém somos rejeitados por pessoas de má-fé”, disse Augusto Samuel.
O também deputado pelo círculo provincial da UNITA na Huíla, orientou os representantes do seu partido naquelas paragens para que façam os pedidos por escrito, redigir uma documentação para o requerimento de terreno, caso não haja qualquer resposta dentro de 30 dias, “deiam-nos um sinal para que possamos averiguar alguma coisa”, referiu.
Noutro desenvolvimento, Augusto Samuel lamentou a actuação dos efectivos da Polícia Nacional contra os moto-taxistas, limitando-se a apreender os seus meios sem actuação pedagógica, bem como disse estar apreensivo pela retirada dos subsídios de subvenção da gasolina.
“Entendemos que essa posição do Executivo vai agravar a vida da classe”, considera.
“É preciso que tenhamos empatia com os moto-taxistas, taxistas, bem como a população em geral, que está a enfrentar sérias dificuldades tudo por conta da alta de preço dos produtos e bens alimentares nos principais mercados formais e informais em todo território nacional”, apelou.
Augusto Samuel reafirmou o compromisso de seu partido em continuar a trabalhar na mobilização dos militantes e simpatizantes, sobre a necessidade de manter o clima de estabilidade política na província e no país.
Não fosse a intolerância demonstrada por alguns dirigentes administrativos contra a UNITA, “o actual clima político na província seria mais saudável e propício para que a vida das populações decorra num ambiente de ordem e de tranquilidade”, alegou o deputado.