Após denunciar irregularidades e tentativa de suborno: Mário Aragão excluído da corrida ao cadeirão máximo da JMPLA
O candidato ao cargo de 1° secretário nacional da JMPLA, Mário Edgar Jorge Aragão, que denunciou a semana passada irregularidades graves na candidatura de um dos candidatos predilectos da direcção do MPLA e que, inclusive, terá sido alegadamente subornado com uma viatura top de gama e um cargo na estrutura dessa organização política viu a sua candidatura ser excluída da corrida eleitoral.
Por: Telson Mateus
Tal como era esperado, em função do que se conhece sobre a política interna no MPLA e suas estruturas de base, a candidatura de Mário Aragão foi excluída supostamente por não preencher os requisitos estipulados nos estatutos da JMPLA.
Com a sua candidatura, foi igualmente excluída, na tarde desta segunda-feira, 30, pelos mesmos motivos, a candidatura de Mateus Fumani. A decisão foi baseada na não conformidade de ambos com dois requisitos essenciais: idade limite e a falta de vínculo com o Comité Nacional da JMPLA.
De acordo com a Directiva n.º 7/CN/2024, a mesma que o candidato Aragão se socorreu para impugnar a candidatura Justino Capapinha, para concorrer à liderança da JMPLA, os candidatos precisam atender a critérios rigorosos. Entre os requisitos exigidos estão a capacidade comprovada de direcção, que avalia as habilidades de liderança e gestão dos candidatos, além de ser necessário ser membro do Comité Nacional cessante.
Outro critério fundamental é a idade, que deve estar entre 15 e 30 anos.
Além disso, os aspirantes ao cargo de Secretário Nacional da JMPLA precisam ter pelo menos seis anos de militância na organização, garantindo que tenham experiência e conhecimento suficientes para liderar a juventude do partido de forma eficaz.
Com a exclusão das candidaturas de Aragão e Fumani, a Comissão preparatória do IX Congresso Ordinário da 'jota' a decorrer de 21 a 23 de Novembro próximo três candidaturas.
Trata-se Adilson Amado Hach, Justino Fernando Capapinha, Lutti Afonso, e Manzongani Bunga.
Justino Fernando Capapinha, filho do antigo governador do Kuanza-Sul, Job Capapinha, é o candidato apoiado pelo 1° secretário cessante Crispiano dos Santos e pelo secretário-geral do MPLA, Paulo Pombolo, este último, acusado de ter tentado subornar o candidato excluído Mário Aragão com uma viatura top de gama e o cargo de Secretário para as Relações Internacionais no próximo Secretariado Nacional da JMPLA.
O IX Congresso da JMPLA promete ser um evento decisivo para o futuro da liderança juvenil do partido que, verdade seja dita, perdeu acutilância e pujança durante o consulado de Crispiniano dos Santos que nada trouxe de novo para esta organização que, durante o consulado do falecido Sérgio Luther Rescova, movimentava muitos jovens pelo País.