Ciclicamente, a população de alguns municípios do Namibe, Huila e Cunene têm-se deparado com o fenómeno da seca, levando os criadores de gado a transumância. Ou seja, procurarem zonas onde conseguir água para o seu gado.

Por: Lito Dias

No entanto, depois de vários meses sem chover, as quedas pluviométricas voltaram a irrigar as terras do sul, o que leva os criadores a regressarem para as suas zonas de origem, um movimento que está assegurado pela polícia nacional, principalmente da província do Cunene.

Nos meses de Janeiro e Fevereiro, a chuva caiu como deve ser, para o agrado não só dos criadores de gado como também dos agricultores, de uma maneira geral, as zonas mais tocadas pelo fenómeno da seca, mormente os municípios da Curoca (Província do Namibe), Gambos (Huíla) e Cahama (Cunene) começam a receber os seus filhos que eram emigrados para os municípios de Cuanhama e Xangongo, por haver já água e comida para o gado sua principal riqueza.

Este regresso, no entanto, nem sempre é feito a mil maravilhas, pelo facto de aparecerem gente que tenta roubar o gado. Pelo que, para assegurar esse movimento, a Polícia Nacional foi instada a apoiar tal movimento, sempre que solicitada.

O gado ido do Curoca, pertencente aos povos Mukahaonas, por exemplo, fazem cinco dias de marcha até ao destino, passando pelas localidades de Humbi e Mutano. No passado recente, durante esse percurso, os criadores de gado eram interceptados por meliantes,  que procuravam, a todo custo, apoderar-se do gado.