Fiéis da Igreja Universal denunciam violência policial contra "ala brasileira"
Os efectivos da Polícia Nacional (PN), que controlam os templos não autorizados a abrir da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), são acusados de maltratarem os fiéis desta denominação religiosa.
Por: Redacção/Na Mira do Crime
Depois de a justiça ter dado o aval a parte angolana a reabriram alguns templos, os apoiantes da ala brasileira, decidiram realizar as "missas" próximas dos templos encerrados.
Segundo os fiéis, os agentes e oficiais da PN, usaram violentas agressões contra fiéis da Igreja Universal de Angola, no último domingo, 18, por protestarem em enfrente da Sede Nacional, no Distrito do Maculosso em Luanda.
“A Polícia Nacional nos humilha e nos escurraça para não adorarmos a Deus. A igreja universal é única, as autoridades não criam confusão”, desabafou ao Na Mira do Crime, Ermelinda da Costa, obreira da Igreja Universal, que diariamente desloca-se ao templo do Maculusso.
Uma outra obreira, Fernanda José, explicou que os agentes da Polícia quando vão aos templos no período nocturno, espanca os fiéis.
Por sua vez, Alberto Segunda, porta-voz da IURD, da ala brasileira, confirmou ao Na Mira do Crime que tem recebido denúncias dos seus fiéis relactivamente ao comportamento dos efectivos da PN.
“Em Angola só existe uma Igreja Universal, a decisão das autoridades angolanas de terem criado ala da IURD em Angola está a criar confusão”, disse, prometendo que vão recorrer às instâncias superiores relactivamente a decisão tomada pela justiça angolana.
“Os templos onde realizam alegada ala angolana, estão as moscas, isso significa, que eles não se revêm nesses pastores rebeldes”, frisou.
O bispo, na última instância, prometeu recorrer à Assembleia Nacional e a Presidência da República para a real situação da igreja em Angola.
“O que está acontecer é vergonhoso, porque a Igreja Universal é una individual”, frisou.
Polícia nega violência
O porta-voz da Polícia em Luanda, inspector-chefe Nestor Goubel, negou as acusações e garante que os fiéis não foram reprimidos pela PN.
“Não corresponde coma verdade as acusações dos bispos e fiéis da IURD sobre a Polícia Nacional”, garantiu.