Angola regista 28 mil novas infecções de sida e 13 mil pessoas morrem da doença anualmente
O presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de SIDA, António Coelho, considera que a luta contra a Covid—19 tem monopolizado os recursos que deveriam ser direccionados para o combate das doenças como a malária, sida e tuberculose, o que tem contribuído para o aumento de casos e a capacidade de resposta.
Por: Lito Dias
Para o responsável, a luta contra essas três doenças têm sido órfãos do APOIO financeiro, nos últimos cinco anos.
No passado, refere, tinham apoio considerável das Organizações internacionais, como o fundo global. "Nos últimos anos esse apoio tem reduzido", queixou—se.
António Coelho disse que com a chegada da Covid, essa redução tem sido mais visível, porque os fundos alocados para o sector sanitário ficaram direccionados quase exclusivamente para o combate da pandemia.
"É preciso rapidamente repor a situação é criar condições do ponto de vista logístico, financeiro e técnico", exigiu.
Porque um mal não vem só, fruto dessa orfandade, os casos de HIV têm estado a aumentar e o número de mortos também.
"O país continua a registar entre 26 e 28 mil novos casos por ano e 13 mil mortes relacionadas com a sida, por ano”.
Para o responsável, a situação está a ficar alarmante. "Aqui, os casos, em algumas situações, estão descontrolados, porque o apoio reduziu, em benefício do combate à Covid—19", explicou.
O presidente da ANASO entende que, a par de outros países do mundo, deve—se criar condições para que as outras doenças, como a malária, tuberculose e sida, que matam mais que a Covid mereçam a devida atenção. Anunciou que as províncias com maior taxa de prevalência continuam a ser o Cunene, as Lundas, Moxico e Kuando Kubango.