Suposta agressão da enfermeira do Hospital do Zango: Direito de Resposta
A
DIRECÇÃO DO JORNAL
NA MIRA DO CRIME
LUANDA
ASSUNTO: CONTRADITÓRIO SOBRE A NOTÍCIA VEICULADA NO DIA 21 DE
AGOSTO DE 202, SOBRE A SUPOSTA AGRESSÃO DA ENFERMEIRA
NO HOSPITAL DO ZANGO
Solicito que deve se dar o mesmo destaque com
relação a noticia anterior
No Dia 19/8/021 por volta das 16h30, foi me dada Instrução pelo Director Municipal da Saúde de Viana, para acomodar um cadáver Extra Hospitalar que vem do distrito do zango III, familiar do comandante municipal da polícia de Viana.
Como a morgue é controlada pelo hospital Neves Bendinha, abordei o meu supervisor do Hospital do Zango para confirmar a chaves juntos do Supervisor do Hospital Neves Bendinha. Tendo o supervisor do HMZ confirmado a vaga, a partir do controlo de nº de cadáveres que havia no nosso registo, nas gavetas pertencentes ao H.M. do Zango. .
Nesta altura, orientei o supervisor do H.M. do Zango sob minha autoridade para que contactasse o supervisor do Neves Bendinha no sentido de providenciar e preparar as condições para recebermos este cadáver.
Sensivelmente as 18h30 o meu supervisor me informa que não encontrou o supervisora do Neves Bendinha e que provavelmente estava de ronda pelo seu Hospital.
Por volta das 19h40, fui anunciado que o Comandante Municipal da Policia tinha chegado com o cadáver, esta altura vou ter com ele para recebe-lo e cumprir com a orientação conforme o protocolo.
Apos sensivelmente 10 minutos de conversa compareceu o supervisor do HMZ a com um enfermeiro do H. Neves Bendinha (Provavelmente estagiário) dizendo que não encontram o Supervisor do HNB. Solicitei então que continuassem a procura da supervisora e solicitei ao Comandante que aguardássemos mais um pouco. Também sai em procura da Supervisor e preparar as condições no meu Gabinete para acomodar o Comandante que já aguardava a mais de 30 minutos.
Indo pelo Banco de Urgência para o meu gabinete, encontro duas enfermeiras do Neves Bendinha na esquina da hemoterapia e sentadas em conversas e apos saudação perguntei pela supervisora do neves benhinha” e uma respondeu “ sou eu”, e neste momento disse-lhe “Colega estamos a tua procura porque nós temos um cadáver que já comunicamos familiar do comandante Municipal da Policia de Viana , que já está aí a mais de 30 minutos e isto já eram cerca de 20:10 minutos . Respondendo, a enfermeira disse ´´ Esta bem, Mas a chave não está comigo” e eu perguntei “ A chave está com quem?” , e ela disse “A chave está com dois maqueiros e vou procura deles ” e eu disse: “Está bem, depressa-te porque o Comandante já esta ai a um bom tempo!
E fui para o meu gabinete e arrumei as condições para acomodar o Comandante. Au sair para averiguar se já tinham achado a chave, encontro os dois supervisores em troca de palavras e a supervisora do neves bendinha dizia “Eu não tenho a chave e os maqueiros que têm a chave eu não os encontrei” Neste momento parei juto deles e disse: ´´A enfermeira é a Supervisora por isso tem que saber onde que esta a chaves então tem que trazer as chaves! Ainda perguntei “ a enfermeira não é a supervisora?” ela disse “Sim sou a supervisora, respondeu” e disse eu “ E a chave está com quem?” replicou a enfermeira dizendo “A chave está com uns maqueiros e eu não estou a ver onde é que eles estão”. Eu não concordando com a mentira da enfermeira disse “Não isto não é verdade, porque pelo que eu saiba nós temos um acordo e a chave fica com a supervisora e não é a primeira vez que temos um cadáver extra hospitalar para acomodar na morgue e não podes me dizer que não sabes onde está a chave, você tem de encontrar a chave para vir abrir a morgue. Nesta altura ela replicou dizendo: Tu não podes me mandar, se o senhor é doutor , eu também sou licenciada” isto em tom alto e de forma arrogante e nervosa no meio das pessoas que ai estavam fora e na presença dos efetivos da Policia Nacional . Ai, eu disse “Enfermeira não se trata de diploma aqui mas você vai buscar a chave e abre a porta da morgue ” e ela replicou dizendo, eu só posso cumprir ordens do meu diretor “ eu disse “Então vou ligar no teu diretor” .
Ligo ao Director clínico do HNB Dr. Álvaro “Eu disse Dr. Álvaro para baixar orientações e já eram 21h00, depois voltei a ligar ao Director Geral do Hospital Neves Bendinha pedindo mesmo e respondeu-me e disse: “ “Mas ela não entrega só a chave porque?”
Então eu fui falar com o comandante e pedi que aguardássemos mais uma vez as instruções do Director Geral do H. Neves Bendinha. A esta altura já eram cerca de 22h00 e o Comandante Municipal da Policia e sua família permaneciam calmos serenos aguardando pela resolução do assunto , até que um dos familiares do falecido me informou dizendo que iriam levar o cadáver para outra unidade hospitalar e a esta altura já eram por volta de 22h15.
Enquanto a Enfermeira continuava a falar em voz alta, apoiada por alguns enfermeiros do Hospital Neves Bendinha , um dos Agentes advertiu-lhe por varias vezes para respeitar o Director do Hospital do Zango e evitar escândalos público mas sem sucessos. A enfermeira replicando disse que não tinha medo da policia, nem de ninguém.
Eu no entanto antevendo que esta situação poderia culminar na detenção da enfermeira fui juntos a enfermeira aconselhando-a dizendo: ´´ Enfermeira entrega-nos só a chave por favor para evitar ! Ela exaltou-se dizendo que eu não deveria lhe tocar, ela é licenciada´´ isso em voz alta e nervosa.
Eu retirei-me do local e o Agente da Policia que ai estava, voltou a pedir calma a enfermeira e disseram a mim: ´´ Director perante este desacato nós teremos que leva-la a esquadra para acalmar a situação na Instituição e restabelecer a ordem e eu em cumprimento da ordem concordei. Por volta das 22h30, a policia levou a enfermeira para a esquadra, advertindo por outra de que qualquer outro desacato teria o mesmo fim.
Perante a situação, e após ter informado a mesma aos superiores hierárquicos via telefónica respectivamente o Director Provincial de Saúde de Luanda e o Director Municipal de Saúde de Viana, decidiu-se a necessidade de solicitar junto da esquadra a sua soltura após a acalmia da situação e tomada de medidas disciplinares e administrativas contra a enfermeira em conformidade com as normas internas .
Desta forma pelas 00h30, tendo os ânimos e a situação nos dois hospitais voltado acalmia, informei a orientação administrativa ao Comandante Municipal da Policia de Viana e este orientou a soltura da enfermeira, que foi levada de volta para o seu Hospital.
De notar que no momento da retirada da esquadra, o esposo da Enfermeira, manifestou-se contra minha pessoa dizendo ainda : ´´ isso não vai ficar assim e eu vou estragar o seu pão´´
CONCLUSÃO
- E momento nenhum a enfermeira foi agredida. E se o Director o fizesse, seria de certeza alvo de acção policial uma vez que a Policia se fazia presente no local. Ainda assim não faz parte da minha educação ne dos meus valores.
- Em momento nenhum os Agentes da Policia atuaram desproporcionalmente pelo contrario foram pedagógicos, proporcionais e agiram para o controlo da situação.
- Toda situação acima exposta tem testemunhas oculares.
Por isso envio esta informação para a reposição da verdade.
Dr. Matondo Alexandre