Jornalistas da Rádio Bailundo do grupo RNA sem subsídios há cinco anos
Um grupo de jovens que trabalham na Rádio Bailundo, entre jornalistas e pessoal administrativo, procurou o NA MIRA DO CRIME para reclamar subsídios que remontam desde o ano de 2016, altura em que foram admitidos, depois de um processo de avaliação.
POR: Geraldo José Letras
Segundo um dos entrevistados que preferiu o anonimato, está na Rádio desde 2016 e até a data nunca viu um incentivo por parte da empresa empregadora.
"Estou aqui desde que a rádio abriu (2016). Até hoje não recebo nada. Isto é triste porque obriga-nos a procurar outros afazeres para não mendigarmos”.
Um outro entrevistado, aponta o caso de uma colega “que se prostituía com os convidados” para conseguir o que comer e pagar a renda do quarto em que estava.
“Ela saiu de Benguela para trabalhar na rádio, imagina o que é viver longe da família e não ter onde comer ou dormir”.
"Aqui são poucos que recebem salário. Nós aqui só nos dão esperanças e mais nada, mas ainda assim trabalhamos sempre para manter a rádio a funcionar".
Responsabilidade é da administração diz direção da Rádio
Contactado pelo NA MIRA DO CRIME via telefone, o Director da Rádio Huambo, João Pedro confirma a situação e diz que "Ninguém na Rádio Bailundo tem um vínculo laboral com a Rádio Nacional de Angola através da Rádio Huambo. Ninguém que ali está tem formação em Jornalismo. São meros elementos que ali estão porque passaram por um casting para estagiar. E os poucos que estão ali e são pagos, ganham a partir da Administração municipal”, disse..
Questionado sobre quem teve competência para contratar os trabalhadores que se encontram na condição de não assalariados, João Pedro, atira a bola para a administração municipal do Bailundo que segundo ele, foi quem os contratou, e não a Rádio Nacional através da Rádio Huambo.
"Não compete a Direcção da Rádio Huambo afecta a Rádio Nacional de Angola dar destino a queixa dos trabalhadores na condição de não assalariados contratados pela Administração Municipal do Huambo. Tanto é assim, que reconhecendo como o processo foi tramitado, os trabalhadores em causa até a data, não remeteram sequer um documento queixa ou reclamação a direcção da Rádio Huambo, porque conhecem e dominam o dossier", explicou o responsável que aconselha os jornalistas e pessoal administrativo da Rádio Bailundo a recorrer a Administração Municipal do Bailundo para ver resolvida a questão. .