Associação "Angola Rescue", através do programa, Mulheres Unidas Solidárias de Angola (MUSA), com o auxílio da Polícia Nacional de Angola (PNA), do Comando Municipal do Kilamba-Kiaxi, procedeu, no sábado, 22, no distrito urbano do golf 2, bairro Rastas, a entrega de bens alimentares, brinquedos e material escolar às famílias vulneráveis.
Por: Edilson Pinto
No âmbito do programa "Polícia de proximidade", as Mulheres Unidas Solidárias de Angola (MUSA), de mãos dadas com a Polícia Nacional (PNA), não mediu esforços e, partilhou o pouco com a população do bairro Rastas em Luanda.
A distribuição de alimentos, começou na zona do "Quintalão do Petro", prosseguiu para "Pia Marta, Bala-Bala, Imbondeiro da Zap e tendo terminado, no pequeno mercado do Rastas", zonas consideradas críticas, em termos de delinquência e com uma "população muito pobre".
Fátima Pires, Directora Geral da associação "Angola Rescue", justifica a escolha do bairro Rastas, para a doação de alimentos, pelo número de crianças e adultos sem ocupação, que encontram o roubo e assaltos, como única saída. "Estamos impressionados com a quantidade de crianças, que não deixam de seguir a nossa caravana, elas exigem bolas para à prática de desporto", admirou, garantindo para breve o regresso naquele bairro.
A responsável, assegura que a união com a polícia, surge no cumprimento da cooperação com o mesmo órgão.
De acordo com a dirigente, a população tem um pensamento diferente da Polícia Nacional, e veja-os, 'como inimigos que não podem protegê-los'.
"Resolvemos fazer acções com a polícia, como se fossem as donzelas e os maus, para chegar mais perto da população e procurar mostrar o outro lado deste órgão castrense", justifica.
Na reacção, o comandante da Polícia local, Intendente Isaias Salvador, reconheceu que o território operacional do bairro Rastas, tem muitos jovens desempregados, mulheres sem ocupação e idosos que carecem efectivamente de cestas básicas.
"O Comando Municipal do Kilamba-kiaxi, na pessoa do seu delegado e comandante municipal, fizemos uma parceria com esta associação, composta de mulheres unidas solidárias, para oferecer algumas cestas básicas aquelas famílias desfavorecidas", explicou o oficial.
Salvador explicou que o bairro Rastas, não tem, infelizmente, instituições sociais para sensibilizar à população.
"A ausência notável de instituições sociais, faz com que aumentam o número de idosos, anciãos, mulheres grávidas e jovens sem ocupação. A nossa escolha, deve-se, pelo índice de pobreza extrema e, acreditamos que com este pouco, vamos ajudar as nossas famílias".
No capítulo da criminalidade, o oficial fez saber que a polícia que dirige, tudo tem feito, para devolver o sentimento de segurança à população.
"Desde 2019 que chegámos no bairro Rastas, até a data presente, de certeza vão notar algumas mudanças. Modéstia parte, Rastas já foi um dos territórios mais quente", recorda, desafiando a população a participar casos a polícia.
"Não é meu lema reclamar falta de meios técnicos e homens para trabalhar. Com o pouco que tenho, conseguimos diminuir as rixas no bairro e, como resultado, mandamos alguns marginais ao tribunal e automaticamente à cadeia", revela.
Isaías Salvador garante que acção de policiamento de proximidade, conseguiu igualmente devolver a segurança de mobilidade nas zonas de "xibai, ponte do tio Mingo e no Imbondeiro da zap”, território ocupado pelos bandidos "Vai à Escola ou Man Mixa".
"Nestes locais, temos estado a colocar efectivos apaisana e de giros".
O NA MIRA sabe que a MUSA serve duas refeições ao dia nos hospitais David Bernardino desde 2018 e, Maternidade Lucrécia Paím desde 2016.