Jamal Assedé: Empresário libanês obriga cidadão da Guiné a abandonar Angola em 72horas
Jamal Assedé, de 27 anos de idade, filho do empresário Libanês Aly Assedé, dono de uma holding com ramificações na Nigeria, África do Sul, Sudão e outros pontos de Áfricao, está a ser acusado de reter o passaporte, humilhar e obrigar funcionário a abandonar o país sem que lhe tenham pago o salário de novecentos mil kwanzas, na Sonit Internacional, localizada no Município de Viana.
Por: Matias Miguel
Ao NA MIRA DO CRIME, Bubacar Sow, de 34 anos, de nacionalidade Conacry-guineense, com quatro anos de trabalho na Sonit Internacional exercendo o cargo de gestor de câmara, está a ser obrigado a abandonar o país em 72 horas.
"A empresa, para além de despedi-lo com salários por pagar, comprou o bilhete de passagem e visto de repatriamento", denunciou.
O queixoso disse que tem um contrato de trabalho activo com a Sonit Internacional, mas, "do nada", eles extinguiram o contrato sem aviso prévio e não saldaram as dívidas que têm.
"Como não bastasse, a empresa reteve o passaporte, compram o bilhete de regresso para a Guiné, numa altura em que fui contratado aqui em Angola, e eles não têm o direito de me repatriar", revelou, exigindo o seu passaporte e salário de três meses.
Ele entende que não há uma explicação, dizem apenas que é orientação da direcção, a Sonit Internacional, que está a ser dirigida a partir do Líbano, onde se encontra o senhor Jamal Assad, que "obrigado a abandonar o país (Angola) há dois anos, por má conduta".
"Tenho mulher e filhos cá em Angola, peço às autoridades angolanas que intervenham neste caso; quero o meu passaporte de volta e o meu dinheiro que a empresa tem em dívida, porque eu não quero abandonar o pais; não sei porque querem me silenciar", rogou, afirmando que a viagem estava marcada para segunda-feira, 24, às 09 horas.
Empresa remete o caso ao advogado
Na busca do contraditório, o NA MIRA DO CRIME contactou Ali Hamad, representante em Angola, mas este pediu que contactássemos o advogado Ramos, que, por sua vez, não quis falar ao telefone, tendo solicitado a nossa presença no seu escritório. Mas, 40 minutos depois da hora marcada, o advogado mostrou-se indisponível.