Zelensky já foi alvo de três tentativas de homicídio por parte da Rússia
O Presidente ucraniano desafiou a Rússia num vídeo no qual se mostra no Palácio Presidencial, em Kiev, enquanto diz: “Não estou escondido. Não tenho medo de ninguém.” Volodymyr Zelensky, que foi já alvo de três tentativas de assassinato por parte da Rússia, diz ainda: “Vou continuar aqui, em Kiev, na Rua Bankova, a fazer o que for preciso para vencer esta guerra patriótica.”
O líder ucraniano volta a manifestar esperança na vitória, quando diz: “Temos de perceber que cada dia de combate, cada dia de resistência, cria melhores condições para nós.” E presta homenagem à resistência dos cidadãos, dizendo que “todos os ucraniano, homens ou mulheres, que protestaram contra os invasores, ou que virão a protestar, são heróis”.
Esta terça-feira, falando por videoconferência aos deputados britânicos, que o receberam com um prolongado aplauso em pé, Zelensky descreveu os 13 dias de uma guerra que, frisou, “não começámos e não desejávamos, mas que temos de travar, pois não queremos perder a nossa terra, como em tempos vós não quisestes perder o vosso país quando os nazis vos atacaram”.
Descreveu depois os massacres de civis em ataques indiscriminados a várias cidades.
Numa alusão ao célebre discurso de Winston Churchill, disse ainda: “Não nos renderemos. Lutaremos até ao fim no mar e no ar, nas florestas e nos campos, nas praias e nas ruas.” pediu ainda que seja aumentada a pressão sobre a Rússia e que “esse país seja reconhecido como Estado terrorista”.
Pormenores
Polónia cede caças
A Polónia vai ceder toda a sua frota de caças MiG-29 aos EUA para que esta seja transferida para o Governo ucraniano, correspondendo assim aos apelos do Presidente ucraniano. Em troca, os EUA vão ceder aviões americanos à Polónia.
12 mil russos mortos
O Governo ucraniano disse ontem que as forças mataram mais de 12 mil militares russos desde o início da invasão e destruíram pelo menos 48 aviões, 80 helicópteros, 303 tanques, 1036 veículos blindados, 120 peças de artilharia e 27 sistemas de defesa antiaérea.
61 hospitais atingidos
Pelo menos 61 hospitais ucranianos foram atingidos pelos bombardeamentos russos desde o início da invasão, revelou o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, que denunciou ainda que as autoridades não conseguem entregar ajuda médica às cidades na linha da frente devido à inexistência de corredores humanitários.
C/CM