Serviço de Migração e Estrangeiros com problemas na emissão de passaportes em Luanda
Mesmo depois da subida dos preços, desde o mês de Dezembro, o processo de emissão de passaportes tem enfrentado várias dificuldades, provocando enchentes nos postos do SME.
Os utentes não escondem o seu descontentamento devido a fraca emissão dos passaportes ordinários diplomáticos.
Carolina Carvalho, por exemplo, diz que solicitou a emissão do seu passaporte no passado mês de Novembro de 2021 e sem sucesso, devido a dificuldades que nunca foram dadas a conhecer.
Na mesma situação está Rafael Pedro, que depois de quase um ano atrás do passaporte, conseguiu graças ao pagamento de 150 mil kwanzas, efectuado a um efectivo do SME, estacionado na repartição do Km 30, em Viana.
Daniela Ramos, tenta a tudo custo mandar o filho para Portugal para seguir os estudos, mas lamenta não puder faze-lo, porque o jovem está sem passaporte, e em Angola tratar este documento é “missão impossível”.
“Isto está mal, meu filho vai perder uma bolsa de estudo, os outros amigos, que têm pai com patentes, conseguiram em menos de uma semana, mas como não temos familiar na cozinha, vamos continuar em terra”, lamentou.
Por sua vez, o SME lamenta os constrangimentos causados, por isso, "apela a calma e reitera o seu compromisso de tudo fazer para a superação dos transtornos em causa, no mais curto espaço de tempo”, lê-se no comunicado.
Lembre—se que o processo de produção do passaporte normal passa pela utilização de um conjunto de consumíveis não produzidos no país, mas adquiridos junto de um fornecedor no mercado internacional, mediante o pagamento em divisas, acrescenta a nota.