Polícia em Luanda estende operações em todos os bairros para combater (directamente) a criminalidade
O Comando Provincial de Luanda, deu início no Sábado, 11, um novo modelo de combate a criminalidade, que consiste em auscultar as populações, diagnosticando os pontos de maior concentração de marginais em cada bairro, sendo o Calemba II A e B os primeiros escolhidos.
Por: Matias Miguel
O NA MIRA DO CRIME, acompanhou milimetricamente a operação, estando integrada na caravana policial que rastreou todo o bairro em causa.
Encabeçada pelo Superintendente e porta-voz da Policial Nacional em Luanda, Nestor Goubel coadjuvado pelo anfitrião, Intendente Francisco Nanhanga, Comandante da Esquadra do Bairro Ondjo Yeto.
Depois das forças estarem em parada e receberem orientações do comandante, quando eram 20 horas, a caravana passou em revista os bairros da Calemba II, A e B e o Bairro da Paz. Este último ficou apenas o nome, visto que, segundo o próprio comandante, ficou apenas o nome.
João Sebastião, morador do Calembra II A, disse ao NA MIRA que observa-se uma certa calmia no seu bairro, principalmente na rua da Farmácia, o mesmo já não pode dizer junto ao Banco BIC e BCI.
“Aí deve-se fazer um grande trabalho, a criminalidade aí… só Deus. É proibido sair de casa às 05horas, até as 06h20 ainda é prigoso”, alertou, acrescentando que, quando as ruas estão isoladas, os marginais fazem das suas.
Os trabalhadores madrugadores tiveram que adoptar novas tácticas. Reúnem mais de 6 pessoas, só assim saem para rua.
Os delinquentes, segundo os moradores, vêem de outros bairros.
“Eles recebem tudo, desde telefones, valores monetários, violam mulheres, levam carteiras, perucas”, explicaram, exemplificando que, na semana passada, um senhor que resistiu a assalto foi baleado.
“Às horas críticas são das 04h00 as 07h00 e das 16horas as 18horas, as tardes eles ficam nas paragens de táxis, fazendo-se passar por passageiros”, denunciaram.
António Mambuenze, coordenador do quarteirão, disse que, com a chegada do actual comandante, a criminalidade reduziu.
“Os marginais que assaltam, até a luz do dia, chegam de motorizadas, praticam as acções e em menos de cinco minutos desaparecem”.
No Domingo, 05, contou, por volta das 10horas um vizinho foi baleado na perna esquerda, depois de perder o telefone e o fio de ouro.
O caso, explicou o coordenador, aconteceu na rua da DRT, rua conhecida como corredor da morte…. A rua é a mesma onde foi assassinado o ex-jogador da Selecção Nacional, Chinho.
Arroz Doce e Dadasex marginais mais temidos
Populares apontam o dedo aos marginais conhecidos por “Arroz Doce” e “Dadasex” como os mais perigosos da zona.
Estes, contam moradores, lideram grupos que praticam assaltos a mão armada.
A rua 18, também conhecida por rua da Mana Jú e a rua Sangue de Pomba, são as mais frequentadas pelos marginais, chegando a colocar postos de controlo.
Arroz Doce e o Dadasex passeiam no bairro como reis. O primeiro é um jovem com bom porte físico, alto e claro, tem 25 anos de idade, Dadasex é mais franzino, tem 27 anos, é visto muitas vezes em companhias femininas.
As sirenes e patrulheiros, segundo moradores, dará mais alguns dias de descanso.