Supostos agentes do SIC matam automobilista no Benfica
Manuel da Silva, carinhosamente chamado por “Led”, de 31 anos de idade, faleceu na madrugada do último Domingo, 09, no Hospital do Prenda, vítima de assassinato por disparos de arma de fogo, feitos por indivíduos não identificados (supostamente agentes do SIC) que se faziam transportar numa viatura de marca Toyota, modelo Land Cruiser, de cor branca com vidros fumados, no município de Talatona, distrito Urbano do Patriota.
Por: Matias Miguel
Silvia Muacassange, prima do malogrado disse em entrevista ao NA MIRA DO CRIME que às 18 horas de sexta-feira, 07, foram informados por um conhecido que passava nas imediações da rua do Patriota, que o seu primo tinha sido alvejado, por volta das 16 horas, com um tiro na cabeça.
"Acorremos até ao local do crime e deparamo-nos com a situação e que ele ainda respirava, e levamo-lo imediatamente ao hospital do Prenda, onde recebia tratamento; a bala penetrou no olho esquerdo e saiu pela nuca, mas no domingo, quando chegamos ao hospital, o corpo médico informou-nos que ele não resistiu aos ferimentos e acabou por sucumbir”, contou.
De acordo com os colegas, o malogrado e mais cinco colegas, todos mecânicos, saíram para fazer experiência de uma viatura de marca Toyota, modelo Rav 4, de cor cinza, tendo se dirigido para a rua direita do Lar Patriota.
"Foi quando, de repente, surgiu uma viatura Toyota Land Cruiser, cor branca com vidros fumados, usados normalmente pelo SIC, que efectuou vários disparos de arma de fogo contra a viatura dos mecânicos, resultando em um morto, no local, e um ferido grave, no caso, Manuel que ainda chegou ao Hospital do Prenda com vida”.
Acção foi a poucos metros de uma esquadra
A família e amigos dizem não compreender que assassinatos de género decorram próximo de uma esquadra policial.
Para além disso, apontam o dedo indicador ao Serviço de Investigação Criminal como sendo a principal suspeita do cometimento do crime.
Investigação Criminal nega acusações
No entanto, do outro lado, está Manuel Halaiwa, Superintendente-chefe e porta-voz da Direcção Geral do Serviço de Investigação Criminal.
Para ele, não faz sentido atribuir ao SIC a autoria do crime. "As pessoas não podem vir a público e atribuir tudo ao SIC, baseando-se simplesmente nas características das viaturas", disse, salientando que não é só o SIC que usa viaturas do género.
Ainda assim, garante que o SIC vai inteirar-se do caso e dar seguimento investigativo.