Por não concluir obra - Populares atiram funcionário da empresa Minuila para lagoa
Um cidadão de 34 anos de idade, que atende pelo nome de António José da Costa, ou simplesmente "Janeiro", funcionário da empresa "Minuila", empreiteira responsável pela construção das estradas no interior do município do Cazenga, foi agredido por populares e, de seguida, atirado numa lagoa, neste sábado, 05, na Sétima Avenida, rua dos Abuzantes, no bairro Curtume.
Por: Mário Cunha
As quedas pluviométricas já haviam caído, mas na 7° Avenida, ainda era oportuno para os miúdos tomarem banho, numa lagoa que ganhou ainda mais forma por causa das chuvas, na ausência de um parque infantil.
Janeiro recebeu a ligação de um superior da empresa Minuila, para constatar in loco o estado da via que estava a ser reabilitada no meio da qual se encontrava a lagoa.
Já no terreno, a população, maioritariamente jovem, reconheceu o funcionário da empresa, tendo sido agarrado e jogado para lagoa em causa.
Os jovens fizeram saber que o gesto deveu-se ao facto de as estradas no bairro continuarem em mau estado.
O cidadão agredido, por sua vez, disse conhecer a realidade do bairro, no que as estradas diz respeito, mas que não cabia a ele, sozinho, resolver o problema.
"Só me empurram por saberem que eu trabalho na empresa Minuila; a culpa não é minha, mas sim do governo", explicou, sublinhando que contra as chuvas nada se pode fazer, por ser obra da natureza.
Já o morador António Alberto, de 62 anos de idade, falou que a inundação na futura estrada estava prevista e reprovou o andamento da obra que provocou um buraco que mede mais cinco metro de profundidade.
Elucidou que a enchente da água parada tem também como fonte os becos de outras ruas.
Já o outro morador, Francisco ou Lury, que vive também na Sétima Avenida, apontou as consequências da chuva no buraco, começando pelos afogamentos até às doenças.
"O que se está a fazer aqui é um erro, por ser um trabalho perigoso e falso", disse.