O estado avançado de degradação da estrada nacional 100, principalmente desde o Kifangondo à entrada para Luanda, tem causado inúmeras dificuldades aos automobilistas que passam pelo troço. Com as chuvas que caíram nos últimos dias, o cenário é desolador
Por: Alfredo dos Santos Talamaku
Várias intervenções paliativas teriam sido levadas a cabo, mas o referido troço tende a piorar, cada dia que passa, devido as últimas quedas pluviométricas. Nesta quinta-feira, 01, o engarrafamento foi tão pesado ao ponto de criar situações desagradáveis aos automobilistas e transeuntes.
Garcia Costa, moto-taxista da paragem dos paus, no Kifangondo, em exclusivo ao NA MIRA DO CRIME, descreveu os constrangimentos que têm vivido.
"Não aconselho a ninguém usar esta via, já que os carros levam 30 a uma hora no engarrafamento pesado, desde o Kifangondo até ao posto de registo civil da Vidrul”, avisou.
Dona Maria, que na manhã de quinta-feira tinha uma consulta médica numa das unidades hospitalares de Luanda, preferiu descer do táxi e andar a pé.
"Tenho uma consulta às 9 horas de hoje; sou hipertensa e fiquei no engarrafamento desde às 8 horas até às 9 horas e 30, para não perder a referida consulta; estou a caminhar; Deus vai ajudar", rogou.
Um dos funcionários da administração de Cacuaco segredou que durante a visita do governador de Luanda, Manuel Homem, este garantiu que a situação brevemente seria intervencionada.
"O Governador de Luanda adiantou que não se compreende como é que uma estrada é intervencionada várias vezes; colocam-se recursos várias vezes, recursos que poderiam servir para a construção de outros projectos", lembrou, referindo que o governador prometeu levar o problema ao Conselho de Ministros para que se construa uma estrada em condições.
Enquanto os taxistas desesperadamente suportam o perene engarrafamento, os moto-taxistas tiram o maior proveito da situação.
Moto-taxistas tiram proveito
500 Kwanzas é quanto custa o percurso da paragem dos paus, no Kifangondo até à vila de Cacuaco; um preço que não está ao alcance de todos os bolsos.
Desta forma, os homens das duas rodas dizem que é pegar ou largar, uma vez que os charcos aí existem condicionam o tempo de vida dos meios rolantes.