A mais famosa do Zango 3, município de Viana, a rua da Dira é muito frequentada pelos cidadãos, devido aos seus espaços de lazer. No entanto, esse ambiente que propicia aglomerados atrai a criminalidade e a prostituição.
Por: Júlia Matias
A Criminalidade e a prostituição tomaram conta do local, sete dias por semana. Apesar disso, não deixou de ser muito visitada pelos luandenses e por quem visita a cidade capital.
A prostituição no Zango não tem fronteiras: é seguida por cidadãos de todas as faixas etárias e de ambos os sexos, nacionais e estrangeiros.
Os preços são ditados consoante o bolso de cada um e o período do dia. Normalmente, começam dos três mil Kwanzas, podendo baixar até mil kwanzas.
A nossa reportagem apurou que as novinhas e jardadas são as mais disputadas.
O cliente lhe é exigido custear o aposento e as bebidas, em alguns casos. Por sua vez, os preços das hospedarias variam de mil e quinhentos a seis mil kwanzas para três horas.
Já a noite inteira ronda entre seis mil e 15 mil kwanzas, incluindo o pequeno-almoço.
A venda de bebidas alcoólicas, drogas e outros produtos estimuladores sexuais a menores de idade é outro caso que espanta quem frequenta a rua da Dira.
O ambiente da rua em referência contagia os jovens, principalmente estudantes que vivem nas proximidades, que já sabem como fabricar um bom cocktail, uma boa caipirinha para consumir com amigos.
Para o efeito, criou-se uma pousada dos adolescentes que fica a alguns metros.
É uma pequena casa transformada em local de lazer, para acolher preferencialmente menores levados de forma inconsciente a este ambiente frenético.
No interior da pousada, os menores fumam, bebem de tudo um pouco, desde whisky, kapuka à cerveja e refrigerantes.
A Criminalidade consubstanciada em assaltos, arruaças, lutas entre gangues ganha corpo e a cobertura policial nem sempre está à altura de abordar determinadas situações.
Segundo José, nome fictício, visitante do bairro há 3 anos, aponta os motoqueiros que fazem serviços de táxis os causadores de alguns actos de criminalidade.
Estes "montam brigas" e escolhem a vítima sobretudo dentre clientes embriagados.