SIC na Lunda - Norte acusado de proteger um assassino
Um suposto agente do Serviço de Investigação Criminal, conhecido apenas por Jacinto pertencente ao comando municipal do Nzangi, bairro Bena Txonga, na província da Lunda Norte, é acusado de proteger um suposto assassino chamado Domingos Mazanza, de 35 anos de idade
Por: Kihunga Bessa
De acordo com informações em posse do NA MIRA DO CRIME, Domingos Mazanza de Bens Txonga exercia a função de moto-taxista, trabalhando com uma moto de marca ling keny, pertencente ao patrão, João Simão Tombué. No início do ano de 2023, propriamente no mês de Janeiro, Domingos trabalhou duas semanas e não apresentou 50 mil Kwanzas correspondentes a esse período. "É aí onde tudo começa", diz a fonte, que adianta que o moto-taxista terá morrido sem que a família tivesse acesso do corpo.
O sobrinho do motoqueiro, Calacama Raimundo, conta que a história da suposta morte de seu tio teve início no dia pretérito dia 22 de Janeiro, por volta das 22 horas quando seu patrão, por causa de 50 mil Kwanzas, se dirigiu à casa do seu funcionário com mais 04 indivíduos, todos de motorizadas e levado alguns pertences de Domingos. Não satisfeitos, levaram também o malogrado.
Acrescentou que tão logo se apercebeu que o tio estava a ser coagido pelo patrão, pediu para que esperasse algum tempo até a família conseguir "juntar dinheiro" e pagar a dívida, mas "eles queriam dinheiro de imediato".
No dia seguinte, já com o dinheiro em mãos, foram ter com o patrão, mas chegados lá lhes foi dito que o tio tinha fugido. Mas um dos seus funcionários disse que tinha visto o patrão, por voltas 04 horas, mascarado, de uma moto, vulgo kupapata a voltar para casa.
O facto chamou à atenção da família que se viu obrigada a comunicar à polícia
do comando municipal de Cambulo Nzangi, onde foram recebidos por um agente do SIC chamado Jacinto. O acusado foi detido, mas 24 horas depois foi posto em liberdade, para a surpresa da família "gabando-se de ser amigo da polícia".
Revoltados, Raimundo e familiares deslocaram-se até ao referido comando tirar satisfações, mas acabaram ameaçados pelo agente do SIC apenas identificado por Jacinto.
"Alguém informou-nos que o Senhor João e seus amigos terão matado o meu tio à porrada e os seus restos mortais enterrados num ponto qualquer às 03 horas", revelou o sobrinho, que lamenta o facto do SIC estar a ignorar todas essas informações; pelo que clamam por justiça.
De salientar que apesar de desconhecerem o destino do seu ente querido, os familiares realizaram o óbito.