Procura-se jovem de 20 anos raptado há um ano por suposto efectivo do SINSE
Um jovem que atende pelo nome Sílvio de Carvalho Martinho Sadaam, na altura com 19 anos de idade, foi supostamente raptado, no dia 19 de Outubro de 2022, por um indivíduo não identificado, que se fazia passar por um agente do SINSE. Enquanto a polícia diz não ter pistas, a família não mede esforços no sentido de saber o destino do jovem.
Por: Cambundo Caholua
O facto ocorreu após uma briga entre o amigo da vítima identificado apenas por Sisco e um outro jovem, desconhecido, por volta das 21 horas, no Distrito Urbano da Estalagem, município de Viana, em Luanda.
De acordo com dona Isabel Paulo de Carvalho, mãe da vítima, tudo começou quando o seu filho, ainda com 19 anos de idade na altura, regressava de um óbito do pai da colega dele e, de imediato, se dirigiu à uma hamburgueria denominada Eucalipto, localizada na zona da Estalagem, a convite do seu amigo Sisco a fim de conviverem.
Tão logo Sílvio, no caso a vítima, acomodou-se no local, de repente o seu amigo Sisco, que o convidou, entra em pancadarias com o jovem que não está identificado, que já se encontrava na mesma hamburgueria a conviver.
“O meu filho mal chegou na hamburgueria, Sisco, que o convidou desentendeu-se com um outro jovem que já estava lá”, começou por contar dona Isabel, acrescentando que depois da briga o mesmo jovem ameaçou o Sisco, o amigo do filho, dizendo que se não saíssem daquele local as consequências seriam graves.
“É melhor saírem daqui, porque quando a minha tropa chegar vocês vão ver o que vai vos acontecer”, ameaçou.
A nossa entrevistada contou que logo que o jovem acabou de fazer a promessa, não tardou, Sisco, que estava envolvido na briga coloca-se em fuga.
Assim que Sisco fugiu do local, não tardou, surge uma viatura de marca Suzuki, modelo Jimmy, novo modelo, de cor preta, com a chapa de matricula, LD-56-71-HR, que tinha a bordo um elemento não identificado, com uma arma de fogo, e com ajuda do jovem que fez tais ameaças de forma arrogante gabando-se como um funcionário do SINSE, insurgiram-se contra Sílvio e forçaram-no a subir na viatura e o levaram-no em parte incerta.
“O jovem que sequestrou o meu filho dizia que trabalha no SINSE na Maianga, mas nós investigamos isso não corresponde com a verdade. Ameaçou o meu filho de morte e levou-o até um lugar que eu como mãe não sei, até hoje", confessou, para depois pedir às autoridades para que ajudem a encontrar o seu filho, que estava a terminar o ensino médio no curso de enfermagem.
A mãe explica ainda que Sisco, depois de caso, colocou-se em silêncio e tentou enganar a família, sempre que fosse questionado sobre o desaparecimento do amigo.
“Negava sempre afirmando categoricamente que não sabia de nada do rapto”.
É quando a família, através do telefone da vítima, tomou conhecimento que naquele dia do sequestro, Sílvio e Sisco estavam juntos a conviver. E também se confirmou que ele, no caso Sisco, é quem convidou Sílvio para que fosse ao encontro dele na hamburgueria onde aconteceu o suposto rapto.
Questionada se a Polícia já tem o conhecimento e de como o processo está andar, dona Isabel respondeu que os órgãos policiais e outros afins dominam o assunto, mas não dizem nada.
Na altura dos factos, conta a senhora, testemunhas que estavam no local fotografaram a viatura onde o jovem foi levado, e apresentaram a família, que por sua vez diz já ter remetido às autoridades, mas até a data presente, não há nenhum esclarecimento.