GPL denuncia sabotagem no serviço de recolha de lixo
Um funcionário sénior do Governo da Provincial de Luanda (GPL), e que acompanha às movimentações da governadora Joana Lina para voltar a dar o brilho a cidade de Luanda, diz que Lina está a ser alvo de perseguição e trabalho de sabotagem por parte de indivíduos que viram beliscados os seus negócios na recolha do lixo em Luanda.
De acordo com a mesma fonte, assiste-se nos últimos tempos, a actos de sabotagem nos trabalhos feitos pelas novas operadoras de limpeza da capital por parte de grupos de indivíduos, alegadamente não identificados, que na calada da noite dedicam-se em transportar com as suas viaturas algumas quantidades de lixo, “despejam e espalham os resíduos em plena via pública (nas estradas), sobretudo em locais onde as operadoras já haviam feito a devida limpeza”.
A mesma fonte revela ainda que as zonas onde tiveram lugar esses actos de vandalismo são as vias do Calemba2, Zango e Talatona.
Mediante imagens fotográficas e vídeos, algumas das quais publicadas nas redes sociais, apesar de ainda serem desconhecidos os mandatários dessas acções, o GPL entende que essas iniciativas são obras de alguns indivíduos que manifestam-se descontentes por não verem as suas empresas seleccionadas por não reunirem os requisitos exigidos, “daí que tencionam desacreditar o andamento dos trabalhos das novas operadoras que se encontram em acção nos municípios”.
“As autoridades policiais estão a trabalhar pra localizar os tais cidadãos para respectivamente serem responsabilizados”.
Lembra-se que após a realização do concurso emergencial, o GPL seleccionou as empresas Elisal, Er-sol, Sambiente, Jump Business, Chay Chay, Consórcio Dassala Envirobac com as quais celebrou contrato e adjudicou as operações de limpeza, recolha e gestão de resíduos sólidos até ao final deste ano.
Segundo responsáveis do GPL, os trabalhos dessas novas operadoras já decorrem com normalidade, “e nós próximos dias teremos uma Luanda melhor", garantem o servidor público.
A fonte adiantou também a este órgão que "há uma grande esforço dentro de um processo rigoroso de reformas que está acontecer nos variados sectores do GPL, sobretudo na gestão dos resíduos sólidos e visa extinguir o monopólio que imperava, resultante de um contrato viciado e que violava os pressupostos da Lei da Contratação Pública”.
De acordo com o responsável, este monopólio dominava os investimentos neste sector e prejudicava gravemente o Estado angolano.
"Há muitos detractores a combaterem essas iniciativas com campanhas que visam distorcer a boa imagem do GPL, houve até alguns que fizeram ameaças pesadas sobre a governadora", disse a fonte.
Luanda produz cerca de 3.3 milhões de toneladas de resíduos por ano.
Trinta e seis empresas nacionais e estrangeiras apresentaram propostas ao concurso internacional limitado por prévia qualificação para a gestão e valorização do Aterro Sanitário dos Mulenvos, revelou recentemente o secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis.
Entre as 36 propostas estão 26 empresas nacionais e 10 empresas estrangeiras.
Milton Reis explicou que, para as empresas estrangeiras, o Governo de Angola enviará ofícios às representações diplomáticas dos seus países de origem, no sentido de facilitar encontros virtuais com os seus representantes.
Relembrou que o projecto de concessão para a gestão do aterro dos Mulenvos, aprovado pelo Despacho Presidencial nº34/21 de 24 de Março, será implementado numa modalidade de Parceria Publico Privada e prevê a triagem e valorização dos resíduos sólidos através da reciclagem, venda dos resíduos reciclados, compostagem, incineração, biogás e produção de energia.
Um estudo realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento (MEP) estima que na Província de Luanda se produz cerca de 3.3 milhões de toneladas de resíduos, por ano, sendo que 45% dessa produção tem potencial de reutilização como matéria-prima para a indústria, 35% como fertilizantes, e os restantes 20% poderiam ser utilizados na produção de energia.