70 trabalhadores da Shoprite foram despedidos por fazer greve
Cerca de 70 trabalhadores da Shoprite foram despedidos pela direcção da empresa, em Angola, "de forma injusta", pelo facto destes aderirem à última greve que visava reivindicar bom ambiente de trabalho e, entre outros direitos, naquela que é das maiores redes de Supermercados no país.
Por: Cambundo Caholua
De acordo com os grevistas, 10 dias depois da greve, os trabalhadores foram surpreendidos pelo Director Geral da Shoprite, em Angola, Salvador Emílio, acompanhado do Director dos Recursos Humanos, Mário Sebastião, alegando que todo aquele que havia participado da greve seria despedido.
Muitos destes trabalhadores com quase 5 anos de trabalho foram atirados ao desemprego pela entidade patronal que usa o pretexto de que a empresa está em crise financeira, por isso recorreram aos despedimentos.
Os dados a que o NA MIRA DO CRIME teve acesso, mostram que os despedimentos iniciaram já há algumas semanas quando abrangeu 63 trabalhadores "de forma injusta".
A esses juntaram -se mais sete, perfazendo 70 funcionários. Para além dos subsídios e os maus tratos, os empregados queixam-se também da falta de sensibilidade da direcção no que concerne à alimentação e higiene.
Denunciam ainda que o salário mínimo de um gerente de base está acima de 600 mil kwanzas, enquanto que um funcionário normal aufere um ordenado de 70 mil Kwanzas.
Os trabalhadores dizem que a direcção da Shoprite é "arrogante e prepotente", ao ponto de gabar-se diante dos funcionários que "a lei em Angola é dinheiro, e nós temos dinheiro, podem se queixar onde quiserem não terão sucesso, temos dinheiro para pagar qualquer instituição onde vocês forem".