Um número considerável de alunos do Complexo Escolar Público Nº 4015, Ex-escola 15, localizado no bairro Boa Esperança, Distrito Urbano do Kikolo, não funciona por falta de professores, desde a abertura do ano lectivo 2022 /2023.

Por: Alfredo dos Santos Talamaku

Os pais e encarregados de educação mantiveram uma reunião, na manhã desta segunda–feira, 10, com a direcção da escola para saber os motivos que estão na base do não arranque das aulas. 

Apesar de não terem aulas, os alunos são obrigados a se fazer presentes na instituição, expostos a vários perigos, pois o portão só é aberto às 8 horas e 30 minutos, momento em que chegam os principais elementos da direcção.

Segundo Pedro Sebastião, Subdirector Pedagógico, durante a reconstrução do empreendimento escolar alguns professores foram transferidos para outras escolas, e com a reabertura do Complexo Escolar, ampliado com mais salas de aulas, totalizando 20, os professores transferidos já não voltaram.

Algumas turmas têm tido aulas, mas a maioria é mandada para casa para não perder tempo no complexo sem estudar.

Segundo o responsável, por causa das reclamações dos pais, os poucos professores são obrigados a "aguentar" mais turmas: no mínimo três, devendo os membros da direcção também pegarem no giz e entrar em acção.

Além da falta de professores, a escola debate - se com o problema de electricidade e falta de pessoal de limpeza, pelo que, garantiram aos pais que os alunos passarão a participar da limpeza.

Paula Odete Francisco, encarregada de educação, expressou o seu descontentamento nos seguintes termos: "Eu apenas quero que os meus filhos e as outras crianças estudem, em vez de exigirem que elas se façam presentes nas escolas sem fazer nada”.

Por sua vez, Ernesto Jamba disse que chegou à escola por volta das 07 horas, e constatou que a escola constitui um grande perigo, sem professores e as crianças a brincarem nas escadas.

Lembrar que, após reabilitada, a escola beneficiou de 20 salas que albergam desde o ensino primário ao segundo Ciclo do ensino secundário, subdivididos em três períodos, cuja empreitada chegou a custar um valor equivalente a 283 milhões 657 mil e 731 Kwanzas.