Cidadão cubano acusado de enforcar a esposa, apresentar queixa à Policia e desaparecer com filho de 04 meses
Um cidadão cubano, identificado apenas por Rúben, de 34 anos de idade, terá supostamente enforcado a sua esposa, Jurelma Gabriel Matias, de 22 de anos de idade, na madrugada de terça-feira, 13, e desapareceu com o filho de 4 meses de idade, no Zango Zero, município de Viana.
Por: Matias Miguel
Mariquinha Diniz Matias, mãe da malograda, disse que tomou conhecimento apenas às 22 horas e 30 do mesmo dia, por intermédio de partilhas efectuadas na plataforma digital Facebook, por um vizinho que reconheceu as fotos e, de imediato, dirigiu-se à residência dos pais para alertar que a Jú era dada como morta.
Mariquinha conta que no dia anterior ao da morte de sua filha, mesmo não sabendo, passou o dia mal—disposta.
"A intuição de mãe tentou avisar—me, já que segunda-feira, 12, foi um dia amargo e de má disposição para mim, não me apetecia fazer nada, afinal Deus estava a me preparar para uma a catástrofe", presume.
Afinal, a malograda levava uma vida turbulenta, mas sofria calada.
"A minha filha, teve uma vida muito difícil com este Rúben, ao ponto de fazer um diário, onde apontava detalhes da selvajaria que lhe era imposta pelo amor assassino da vida dela", disse, referindo que uma amiga com quem desabafava algumas mágoas, disse que Rúbem recebeu o bebé no dia 9 e deu-o a uma jovem a qual namorava.
Informações a que este jornal teve acesso indicam que Rúbem tinha duas residências, uma das quais anexada a uma oficina.
"A minha filha chegou a dizer-me que o Rúben ameaçava-a muito de morte, fazendo—se valer do facto de ser cidadão cubano", sublinhou a mãe.
Rúben 'simula' comportamento e vai até à Polícia
De acordo com Mariquinha Matias, os vizinhos disseram que por volta das 08 horas, Rúben saiu de casa, dirigindo—se à esquadra da Polícia, situada bem próximo da residência, com mãos à cabeça, pedindo socorro.
À Polícia, Rúben terá dito que a malograda não tinha família; é uma miúda que acolheu.
Por isso, quando os agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), observaram o corpo, sugeriram que fosse para a famigerada câmara cinco da morgue do Hospital Maria Pia, uma vez que ela não tem família, para a repulsa da mãe da malograda.
A família olha para o diário da malograda, rebusca a repulsa de Rúben em assumir a paternidade do filho, mais o desejo de interromper a gravidez, e conclui que a morte foi provocada pelo marido.
Gabriel Matias, pai da malograda lamentou o facto de Rúben ter mentido as autoridades de que Jú não tinha família, numa altura em que era tido como filho de casa, apesar de nunca ter aprovado a relação.
Mais apoquentado ainda ficou quando soube que o acusado passou apenas uma noite na esquadra e foi posto em liberdade.
"Ele até teve a veleidade de comprar água e oferecer à policia", disse o pai para quem, o gesto abre espaço para especulações.
Sobre as reais causas da morte, não tem dúvidas que a filha tenha sido morta pelo marido. "Há elementos mais que suficientes para apurar os factos, desde o diário, mensagens às conversas gravadas", desafiou.