No Paraíso de Cacuaco: Jovem confundido com marginal e é espancando até à morte pela turma do apito
Um jovem de 22 anos de idade que respondia pelo nome Maurício Tchicingui Catumbela, morador no bairro Paraíso, município de Cacuaco, foi espancando até à morte na manhã de sexta-feira, 10, por um grupo denominado “Turma do apito” após ser confundido com marginal
Por: Kihunga Bessa
Figueiredo Francisco, tio do malogrado, conta que tudo aconteceu por volta das 4 horas da manhã, nas imediações de um posto médico denominado “Maria Pia”, localizado no bairro acima citado, a 100 metros de um posto de polícia, quando a vítima seguia para o mercado do Kicolo, onde trabalhava na área de limpeza.
“Ele acordava muito cedo porque tinha que chegar antes das vendedeiras, que também pagavam pelo trabalho feito por ele”, explicou.
De acordo com o familiar, até às seis horas, em dias normais, o sobrinho estava de regresso à casa, e seguida directamente ao centro de formação profissional MAPTSS, onde frequentava o curso de electricidade. No período das 14 horas seguia novamente ao local de trabalho para cobrar os seus valores.
“O meu sobrinho foi confundido com marginal por causa da hora que circulava, pela insegurança do bairro e o elevado índice de criminalidade que estamos a viver nos últimos dias, a Turma do Apito já nem questionaram o jovem de onde vinha e para onde ia, logo que se depararam com ele começaram a agredi-lo severamente”, lamentou.
A família conta que o malogrado foi agredido com objectos contundentes que até deixaram o corpo irreconhecível.
O infortúnio só chegou até ao conhecimento da família, por causa de um dos colegas da vítima que sentiu a falta do malogrado no local de serviço. Deslocou-se até a sua residência para saber as motivações da falta e lhe foi informado que o mesmo havia saído para trabalhar.
No entanto, a partir do mercado já circulava a informação do espancamento até à morte de um jovem.
A família foi até ao local do crime e encontrou o corpo do jovem estendido e sem vida. Inconsoláveis, clamam por justiça e pedem a polícia esclarecimento do caso.