Ministério do Ensino Superior não confia no INAAREES- Institutos Superiores serão inspeccionados por 70% de expatriados
O Ministério do Ensino Superior Ciências Tecnologias e Inovação (MESCTI) exarou uma directiva, na última reunião que decorreu no mês de Julho do corrente ano, em que participaram representantes dos Institutos Superiores. No final, decidiu-se que, a partir de agora, serão constituídas equipas de Inspectores expatriados na ordem de 70 por cento e 30 por cento nacionais que terão a missão de inspeccionar a existência de laboratórios de saúde (enfermagem e análises clínicas).
Por: Matias Miguel
Este jornal sabe que o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) exarou um comunicado embora verbal, na última reunião com os representantes dos Institutos de Ensino Superior no mês de Julho, anunciando que, doravante, estas instituições passarão a receber visitas periódicas de Inspectores expatriados e nacionais, respectivamente.
A data das visitas sofreu já uma prorrogação por falta de acertos de como serão os critérios de selecção e actuação dos respectivos inspectores, quem dirigirá este processo se é o INAAREES ou o MISCTI.
Estima-se que existem mais de 90 Institutos. Jesus Tomás, director geral do Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES), evitou a equipa de jornalistas deste jornal que se dirigiu àquela instituição para aferir a veracidade dos factos na terça-feira, 8.
"Infelizmente, não poderão ser recebidos, porque a direcção e o pessoal que podia vos receber estão muito ocupados", dizia o secretário de direcção.
Representantes de alguns Institutos Ensino Superior, fugiam os nossos microfones receando represálias.
Indagados pelo NA MIRA DO CRIME, mostraram-se pessimistas sobre a possibilidade de as equipas de Inspectores inspeccionarem, também, as instituições do Governo e se ao se depararem com Institutos do Governo que não apresentem as condições desejadas, Maria do Rosário Bragança Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação terá coragem de encerra-las.
Num passado recente, durante a abertura da sessão de trabalhos para a apresentação do regime Jurídico do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que, em 2021, Angola estava na última posição do Índice Global de Inovação, de um total de 132 países, liderado pela Suíça.
Dois anos depois, ascendeu cinco lugares, passando para a posição 127. A Ministra Maria do Rosário Bragança, reconheceu que Angola é dos países menos inovador do mundo.