Administração do Sambizanga maltrata marido da cidadã morta pela queda de poste de iluminação pública
Um cidadão, identificado por Julho Miguel, de 36 anos de idade, marido da cidadã que, em vida se chamou Maria Miguel Viana, de 34 anos de idade, que, no passado dia 26 de Março do ano em curso, morreu em consequência da queda de um poste de iluminação eléctrica, no bairro Lixeira, Distrito do Sambizanga, queixa-se do facto de ter sido abandonado pela administração, depois de fazer várias promessas.
Por: Cambundo Caholua
Segundo o lesado, a responsabilidade do Poste de iluminação, que vitimou a infeliz é da administração distrital do Sambizanga. No entanto, aquela instituição devia assumir as suas responsabilidades no caso, sobretudo assumir os gastos do óbito e, a posterior, acompanhar outros passos.
Julho conta que se sente abandonado pela Administradora do Distrito, porque a Senhora Betânia Elias de Almeida Lopes, que no decorrer do incidente que causou a morte da esposa havia feito tantas promessas, até ao momento, não está a cumprir.
O nosso entrevistado revelou que durante o óbito, a administradora apareceu com o seu elenco, tendo apoiado com alguns meios que, praticamente, comparando com os gastos que a família, é "algo irrisório".
"A administradora apareceu no óbito, veio com o seu elenco, trouxe uma caixa de massa alimentar, um saco de arroz, um saco de fuba, um saco de feijão, e uma caixa de óleo, e eu fiquei triste porque isso não foi o suficiente", explicou, confessando que esperava daquela instituição um apoio total do óbito.
"Só o que gastamos no enterro da minha esposa, contando já com todo cenário, ronda aos 700 mil Kwanzas", revelou, acrescentando que ainda há outros gastos que prefere não referenciar, por isso apela o bom senso da parte da administração para reaver esses gastos.
Por outro lado, Julho não vê solução de ajudar os filhos pelo momento crítico que se encontra. "Estou desempregado, a minha esposa vendia pele de carne, patinhas e outras coisas, é ela que ajudava nas despesas de casa, com a morte dela tudo parou, eu solicitei à administração, no intuito de me ajudar, pelo menos, com um emprego para conseguir suprir as necessidades dos dois filhos que tenho para cuidar", esmiuçou.
"No dia que fui à administração questionar sobre alguns apoios, sugeriram que eu fizesse uma carta dirigida à titular da instituição", disse, tendo concluído que o excesso de burocracia faz com que até agora não atendam.
De seguida, foi outra vez aconselhado a escrever para o governador da província de Luanda, Manuel Homem, neste momento Julho deixa apelo não só para administração, mas também para aqueles que têm capacidade de o empregar, a fim de dar o sustento aos seus filhos e pagar as propinas escolares.