Processo estagnou no SIC-Geral: Órfão desde os cinco anos, jovem vive um drama causado pela tia que ocultou a identidade do pai e usurpou a sua herança
Jovem de 24 anos de idade, órfão de pai e mãe desde os cinco anos de idade, tem vivido um drama atroz desde tenra idade, causado pela tia, que ocultou a verdadeira identidade de seu pai, que foi um oficial das FAA, ficou com os seus bens e beneficia fraudulentamente da sua pensão, ajudada por uma “falsa viúva”. Há seis anos abriu um processo no SIC-Geral e até hoje o mesmo encalhou.
Por: Isaac dos Santos (Estagiário)
Um jovem de 24 anos de idade, órfão de pai e mãe, após o passamento físico do pai, que respondia pelo nome Paulo Tchipala Filipe, sub-tenente das Forças Armadas Angolanas (FAA), colocado no 3º batalhão na Funda, bairro ponto 3, o jovem vive em condições muito difíceis desde os seus 5 anos de idade.
Desde então, nunca beneficiou dos bens deixados pelo seu falecido pai, assim como a pensão de reforma por falecimento a que tem direito desde que o pai faleceu.
Igualmente, foi aberto um processo que passou por diversas áreas da justiça, porque a tia, que ficou com a sua guarda, além de maltratá-lo desde tenra idade, ainda inseriu no processo uma “falsa viúva” com quem esbanja a pensão e desbaratou os bens do menino, que passa fome e tem que engraxar sapatos para sobreviver.
A redacção do Na Mira do Crime, recebeu a denúncia de um jovem que atende pelo nome de José Benjamim Tchipala, de 24 anos de idade, residente no município de Viana, aos de 18 de Abril do corrente ano.
José Benjamim Tchipala declarou ao nosso jornal que, durante a sua infância, viu-se privado de conhecer a real identidade do falecido pai.
Desconfiado, José aproveitava as ausências da tia para procurar algum indício que o levasse a chegar o mais perto possível da sua história.
O jovem declarou ainda que sofreu muita violência com inúmeras agressões físicas, tendo feito várias participações ao SIC. Entretanto, conseguiu saber quem de facto foi seu pai e tudo o que se passa e decidiu reclamar os seus direitos na justiça desde os seus 18 anos, isso no ano de 2018.
Todavia, tendo aberto uma acção junto da Direcção de Combate aos Crimes Contra a Pessoa, cujo número do processo é 78/20-02-SIC/Geral, o mesmo encontra-se a cargo de um indivíduo conhecido por Sr. Afonso, de quem tem o contacto telefónico, mas o caso estagnou e continua sem solução.
No referido processo consta a identidade da tia, Eugénia Cachitina Filipe, os seus dados de identificação, actividades que pratica e o seu número de telefone, assim como a identidade da “falsa viúva”, comparsa da tia no esquema de usurpação dos seus bens e direitos, que se chama Emiliana Katumbo, demais dados e residindo actualmente na Huíla, no bairro da Chibia, descrita como vendedora de “açúcar a grosso” e seu número de telefone.
Dentre as testemunhas, consta Paulo Manuel Tchifunga, capitão das Forças Armadas Angolanas (FAA) e comandante do 5º batalhão da Funda que, à data da abertura do processo, confirmou a verdade, esclarecendo que trabalhou com o malogrado Paulo Tchipala Filipe e reconhece o filho, José Benjamim Tchipala.
Na declaração consta que Paulo Manuel Tchifunga foi esposo da tia, Eugenia Cachitina Filipe, com quem não teve filhos.
O caso arrasta-se a vários anos e José Benjamim Tchipala declara já ter recorrido à TVZimbo, aos serviços do programa “Fala Angola”, mas até à data presente não há qualquer resultado, nem as golpistas foram detidas, enfim, o processo encalhou e ninguém diz nada.
O declarante afirma estar cansado e pede o apoio da sociedade em geral, especialmente ao Director-geral do SIC, que o ajudem no acompanhamento do processo e se possa resolver a sua situação.