Há norte-americanos envolvidos: MP pede-pena de morte para acusados de tentativa de golpe de Estado na RDC
O Ministério Público da República Democrática do Congo (RDC) pediu, esta terça-feira, 27, a pena de morte para 50 dos 51 acusados da tentativa de golpe de Estado de 19 de Maio, entre os quais três norte-americanos.
Apenas para um dos arguidos, na sequência de um exame médico solicitado pelos advogados de defesa, o procurador, o tenente-coronel Innocent Radjabu Bashiru, não pediu a execução, por ter uma doença mental.
Para os restantes, o procurador foi drástico: "Peço apenas uma sentença, a mais severa, a pena de morte", segundo a imprensa local. O julgamento iniciou-se em 07 de Junho.
O procurador pediu ainda ao tribunal que ordenasse o confisco, em benefício do Estado, de todo o material utilizado na prática dos crimes, nomeadamente armas, "drones", vestuário, bandeiras, entre outros objectos.
A defesa vai agora apresentar os seus argumentos, num processo em que os arguidos enfrentam sete acusações de ataque, terrorismo, posse ilegal de armas e munições de guerra, tentativa de homicídio, conspiração para cometer um crime, homicídio e financiamento do terrorismo.
Entre os detidos encontram-se três cidadãos norte-americanos, incluindo Marcel Malanga, o filho de 20 anos do alegado líder do golpe, o ativista da diáspora democrático-congolesa Christian Malanga, que foi baleado pelas Forças Armadas da RDC durante os acontecimentos.
Na madrugada de 19 de Maio, dezenas de atacantes democrático-congoleses e estrangeiros, liderados por Christian Malanga, invadiram o palácio presidencial com o objectivo de depor o Presidente Félix Tshisekedi.
C/FM