Curandeiro mata filha gémea de três meses por desconfiar da paternidade
Um cidadão nacional de 66 anos de idade, de nome Aziza da Costa Ferreira, curandeiro, foi detido por efectivos do Serviço de Investigação Criminal, colocados no município de Viana, acusado da prática de homicídio qualificado, onde foi vítima uma menor de três meses de idade, que em vida atendia pelo nome Matia Beatriz, por sinal sua filha.
Por: Solange Figueira
De acordo com o Porta-voz em exercício do SIC em Luanda, Inspector, Emanuel Capita, o crime ocorreu no interior de uma residência, situada no município de Viana, distrito urbano do Kikuxi, bairro Sapú-II, rua 3.
Os factos terão ocorrido por volta das 18horas do dia 27 de Agosto, quando a mãe das pequenas (gémeas) estava no seu local de trabalho, onde exerce a actividade de empregada doméstica.
Por razões passionais, pois dias antes o acusado desconfiava da paternidade das filhas menor (gémeas do sexo feminino).
Aproveitando-se da ausência da esposa, enquanto a vítima dormia, o acusado terá levado a filha até a um compartimento de casa onde asfixiou a criança até a morte.
A mãe da criança, Maria Beatriz, de 38 anos de idade, mãe de 10 filhos, falou em exclusivo ao Na Mira do Crime, e mostrou-se indignada com o comportamento do marido.
“Não acredito que o meu marido fez isso com a minha filha, não consigo parar de chorar, vivo há 8 anos com este senhor, com ele tenho apenas as gémeas, fui trabalhar, quando cheguei em casa já encontrei os homens do SIC e a minha filha já estava morta, ele asfixiou a bebé até a morte”, lamentou.
Segundo a nossa entrevistada, a relação com o actual marido sempre foi conturbada, “ele me bate muito, mais tratava muito bem as filhas dele, na esquadra ele mentiu, queria me acusar, disse que estava a dormir comigo e eu apertei a minha filha, é tudo mentira, porque eu não estava em casa quando a menina morreu”, chorou.
A jovem contra que a família do marido não está a ajudar no óbito, e neste momento o corpo da filha continua na morgue.
“Não tenho dinheiro para custear o óbito e nem para enterrar a minha filha”, chorou.
O acusado, Aziza, diz que chegou em casa embriagado, e dormiu por cima da Bebé, sem intenção.
”Vivo há 8 anos com a minha esposa, tinhamos apenas estas duas filhas, não sei o que aconteceu comigo, eu sempre cuidei delas, eu faço tratamento tradicional, sou curandeiro, nunca fiz mal a ninguém, cometi um erro muito grave e não me lembro o que me levou a matar a minha própria filha”, explicou.