Assalto à mão armada: Quadrilha faz refém funcionários de uma empresa e levam mais de mil caixas de whisky
Efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC), através da sua Direcção Central de Operações, desmantelaram uma quadrilha de marginais, integrado por três elementos, identificados por Filipe Teka, de 35 anos de idade, Gaspar João, de 44 anos de idade e Domingos Pedro, de 54 anos de idade, que tentavam o descaminho de um camião carregado com mais de mil caixas de bebida espiritual, que terá sido furtada na empresa KAYA-SPIRIPS, no município de Viana.
Por: Cambundo Caholua
De acordo com Subinspector Peterson Cassule, chefe de Departamento de Comunicação e Imagem do SIC-Geral, o facto ocorreu quando os acusados, acompanhados com uma jovem, que está em fuga, munidos de duas armas de fogo do tipo pistola, entraram no interior da empresa acima mencionada e, na sequência, fizeram refém os funcionários, e começaram por lhes retirar todos os meios de valor.
"Faziam-se passar por potenciais compradores da mercadoria, e de forma dissimulada, orientaram um casal, que nessa altura também está a ser procurado, e se faziam passar compradores”, disse.
Uma vez no escritório onde seria negociado o preço da mercadoria, os bandidos anunciaram o assalto e fizeram reféns às vítimas.
Com uma viatura pesada, camião alugado, fos criminosos efectuaram o carregamento do produto e levaram até um local despovoado, com a intenção de abandonar o veículo, enquanto a mercadoria seria descarregada e comercializada em clientes devidamente seleccionados.
Alertados, os operacionais da Direcção Central de Operação do SIC-Geral, desdobraram-se em todo território da capital, e flagraram três indivíduos a bordo do camião, carregado com o produto roubado.
O Na Mira do Crime sabe que a rede criminosa está envolvida em diversos roubos de armazéns e, foi graças a prontidão dos operacionais do SIC que conseguiram alcançar o meio rolante e apreender o referido camião com mais de mil caixas de whisky.
Na mesma operação, o SIC recuperou uma viatura de marca Yaris, roubada no interior da mesma empresa.
Por outro lado, o Na Mira do Crime soube que, para além do que já foi referenciado, a quadrilha roubou ainda na empresa USD 700, quatro telefones e dois computadores portáteis.
Aziela João, funcionária da empresa KAYA-SPIRIPS, que também foi feita refém, detalhou como tudo aconteceu.
"Apareceu um casal e disseram que estavam de passagem e viram que nós vendemos bebidas, eles estavam interessados, porque tinham uma garrafeira”, recordou.
Na altura, o seu chefe autorizou que os suspeitos entrassem no interior da empresa, e lhes foi apresentado toda gama de produto.
Quando menos esperavam, foi anunciado o assalto.
"Fecharam a porta, ele tirou a pistola e colocou o meu chefe, um outro senhor entrou e também tirou a pistola e nos colocou”, contou.
De seguida, os criminosos retiraram os telefones, fios de ouro das vítimas, e foram levados para parte traseira da empresa, na casa de banho, onde foram amarrados às mãos, os pés e a boca.
"Só ouvi quando ele disse chefe, já podem entrar, depois o tal pessoal que já estava nos arredores entraram com um camião, abriram o portão do armazém e o pessoal entrou, colocaram o camião dentro e começaram a tirar a mercadoria", concluiu.
O Na Mira do Crime ouviu os implicados: Segundo Filipe Teka, motorista do camião e Gaspar João, ajudante, ambos trabalhadores da empresa Comércio Logística e Serviço, contaram que foram interpelados por um outro suspeito, chamado por Domingos Pedro.
"Nós fomos interpelados na zona da rotunda do Calemba-2, pelo senhor Domingos que nos disse que era o dono da mercadoria, quando chegamos até a zona desabitada, os bandidos ameaçaram-nos e pediram que abandonássemos a viatura, mas não cedemos, até o SIC aparecer no local", descreveu.