Cazenga - Familiares de Jovem de 23 anos encontrado morto na via pública lamentam demora na localização dos culpados
Os familiares de Alcibildo Capitango, jovem de 23 anos de idade, que foi encontrado morto nas imediações dos prédios da FILDA, após 48 horas desaparecido de casa, lamentam a suposta morosidade dos órgãos de investigação criminal na localização dos autores do crime bárbaro ocorrido no município do Cazenga, tendo em conta que já se passa quase um mês.
Por: Cambundo Caholua
Uma equipa de reportagem deslocou-se até à residência onde Alcibildo que morava com a sua avó, a fim de ouvir o descontentamento daquela família que aguarda por uma resposta dos órgãos de investigação criminal.
Segundo a avó, Isabel Manuel, Alcibildo foi vítima de assassinato por elementos ainda não identificados. O jovem, que frequentava o 2° ano do ensino superior no curso de engenharia de minas na UAN, saiu de casa no dia 11 de Julho, numa quinta-feira, tendo despedido que iria à universidade e, depois seguiria ao encontro de alguns colegas no bairro da Robaldina, em Viana, onde havia combinado com o grupo de estudo.
Passado dois dias, após o seu desaparecimento, os familiares receberam informação de que Alcibildo foi encontrado morto, com sinais de espancamento e esfaqueamento.
Prestes a completar dois meses, desde o assassinato daquele estudante universitário, a família não entende o porquê de tanta demora da parte do Serviço de Investigação Criminal (SIC) em identificar os verdadeiros culpados do crime hediondo, que chocou a sociedade luandense, uma vez que o infausto acontecimento ocorreu na via pública e numa zona onde são visíveis as câmaras de vigilância do CISP que deviam auxiliar das autoridades nas investigações.
"Nós estamos a aguardar faz tempo, até ao momento não nos dizem nada, não nos chamam para nos informar de como o processo está a caminhar. No local, onde foi encontrado o meu irmão, tem câmaras de vigilância do CISP, porque não verificam para saber quem matou?", indagou Claudina Tavares, prima da vítima.
"Pedimos que encontrem os assassinos, é muita dor", apelou a avó que prossegue dizendo que "nós não acreditamos que foi uma morte causada por acidente, conforme diz o resultado da autópsia, porque ele foi arrastado de um lugar para outro, isto nota-se, nós encontramos o corpo encostado na parede junto aos prédios da FILDA com sinais de agressão", concluiu.