Líbano debaixo de fogo
Aviões israelitas atacaram quinta-feira à noite e durante o dia de ontem, sexta-feira, 20, alvos do Hezbollah no Líbano, incluindo na capital, Beirute, naquele que foi o maior bombardeamento desde o início do conflito no Médio Oriente, a 7 de Outubro de 2023.
Os ataques visaram instalações do grupo xiita libanês, onde estariam rockets prontos para serem usados contra Telavive, como retaliação pela explosão de milhares de ‘pagers’ e ‘walkie-talkies’, que mataram 37 pessoas e feriu mais de 3000. Um primeiro balanço dá conta de cinco mortos e duas dezenas de feridos, mas o número de vítimas deverá ser bastante superior. À ofensiva israelita respondeu o Hezbollah com o lançamento de 150 rockets contra o Norte de Israel, atingindo dezenas de casas em Metula.
O ataque provocou ainda vários incêndios na cidade e a energia teve de ser cortada. A força de paz da ONU estacionada no Sul do Líbano pediu, a ambas as partes, a redução "imediata" dos ataques e a Rússia apelou a que se evite um "cenário catastrófico". "Uma operação militar em grande escala no Líbano terá consequências devastadoras para a segurança de todo o Médio Oriente", advertiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Um oficial dos serviços secretos dos EUA diz que o planeamento da operação israelita com os ‘pagers’ durou cerca de 15 anos.
Dois funcionários de empresas de Taiwan foram interrogados sobre os ‘pagers’ que explodiram ao serem usados por membros do Hezbollah no Líbano.
O embaixador do Líbano no Reino Unido diz que Israel "devia aprender com derrotas do passado" e que e o Líbano não se vai retrair.
C/CM