Um suposto profeta identificado como Graça José, líder da Igreja Emanuel Jesus (I.E.J), de 26 anos de idade, morador do bairro Cimangola, município de Cacuaco, foi detido no dia 15 do mês em curso, por efectivos do Serviço de Investigação Criminal, acusado da prática de agressão sexual contra menor de 14 anos de idade.

Por: Kihunga Bessa

Segundo as autoridades, o suposto profeta, aproveitava a ausência dos pais durante o dia, levava a menor em sua casa, “e usava algumas técnicas que levavam a vítima a um momento de transe e, sem reagir, usava um pó e óleo proveniente da Nigéria e Zâmbia, com os quais acariciava a menor, e, sem fazer o uso de preservativo, abusava várias vezes a menor”.

Maria de Sousa, mãe da vítima, diz que é nova na Igreja e foi a convite do irmão.

“O profeta frequentava a casa da família, aí aproveitava pedir a menor para frequentar a igreja, onde ela passava a maior parte do dia”, disse, acrescentando que, no princípio, a filha só assistia boneco, “mas tão logo começamos a frequentar a igreja, a princípio, gostei, mas depois comecei a desconfiar e notei que ela estava meio estranha, e mais tarde queixava-se de algumas dores”, explicou.

“Levei-a ao hospital e lhe foi dado ovo vaginal, o doutor disse que ela estava com uma infecção urinária muito avançada", contou, acrescentando que ainda teve várias conversas com a filha, para saber o que realmente se passava, “infelizmente ela não dizia nada”.

Foi daí que a mãe levou-a na tia, no Sequele, onde a mesma conseguiu conversar.

"Fui surpreendida quando a minha irmã ligou a dizer que estavam no Comando Municipal de Cacuaco, porque a minha filha tinha sido abusada sexualmente pelo profeta", realçou, alegando que foi daí que a família abriu uma queixa contra o indivíduo, e de imediato foi detido pelo SIC.

Ouvido pelo Na Mira, o acusado confessa ter consumado o acto e que abusou da menor duas vezes, no mês de Junho de 2023, explica que tudo começou quando terá baptizado a menor no mesmo ano, e fruto da confiança que teve com a família, abusou da confiança.

"Eu lhe chamei na minha casa e disse que queria fazer algo com ela, mas lhe disse para ir pensar, no dia seguinte ela regressou, e aceitou a proposta… foi assim que abusei a primeira vez", contou.

Diante do nosso microfone, o pastor aproveitou a ocasião para pedir desculpas à sociedade, e disse que a “carne é fraca”.

O Na Mira descobriu que o acusado durante o abuso sexual, dava comprimidos a menina para não engravidar, a para além desta menor, este criminoso já abusou várias outras menores.