Procuram-se encapuzados: “Langa Butique”, “TidePissa” “Marrom”, “Floidy”, “Tá de Konna”, “Cão Preto” e “Ti Seba ‘aterrorizam’ bairro da Mabor
Moradores do distrito urbano 11 de Novembro, principalmente da rua da Pracinha, bairro da Mabor, rua direita do Centro de Saúde e arredores, denunciam o alto índice de criminalidade por grupos e elementos devidamente identificados, e pedem a intervenção urgente da polícia.
Por: Mário Cunha
Lutas de gangues e assalto na via pública e em residência, dizem os moradores, é o prato de todos os dias daqueles habitantes. Com mais de 25 anos de vivência no distrito, Nelo Bumba, de 49 anos de idade, vive na rua da escola Jeolfrade. Em entrevista ao Na Mira do Crime, conta que a zona onde vive está com um nível alarmante de criminalidade.
“Os marginais não têm hora de actuar, os assaltos com recursos a arma branca começam às 5 da manhã e só terminam quando vamos dormir”, disse.
Manuel Figueira, outro morador, revela que já foi vítima de assalto dos bandidos, que têm o hábido de apedrejar as lâmpadas da rua, e diz que os malfeitores são provenientes da rua Pracinha da Mabor e do Zamba 4.
"Foi na semana passada, não eram poucos grupos, eram mais de cinco e todos com catanas", lembrou.
Transeuntes ouvidos por este jornal, explicaram que caminhar naquela zona a partir das 20 horas, é sentença de morte.
"Os miúdos entram e saem da cadeia como se fosse algo normal, então não têm meias medidas quando o assunto é assaltar às pessoas, ou ferir com faca", lamentaram.
No do Centro de Saúde 11 de Novembro, não é diferente, os moradores apontam grupos como
“GB”, “Os água-água” e os “Rebelião” que unidos guerreiam contra os grupos “PTB”, “RPA” e os “BTA”, todos localizados na zona pracinha da mabor e no Zamba 4.
António João Fernandes, conhecido por Tony-B, carpinteiro e estufador, ex-membro do grupo de bandidos “GB”, disse que ele e um amigo saíram do mundo do crime há dois anos, e hoje gasta energia fazendo coisas úteis.
"Quando fui de grupo era muito limitado, não conseguia chegar em certos lugares, hoje estou livre, meus amigos vocês que têm filhos veem aproveitar o máximo que vida tem para vós dar, saíam do mundo do crime", aconselhou.
Esperança João Baptista, presidente da comissão de moradores do 11 de Novembro, disse que já escreveu várias vezes para o Comando Municipal da Polícia, alertando o caos que se vive na zona onde reside, mas não teve êxito.
“É necessário uma esquadra móvel e patrulhamento nas horas nocturnas”, alertou.
Durante a nossa reportagem, tomamos conhecimento que elementos como "DG", “Marrom”, “Floidy”, “Dada”, “TDD” ou “Tá de Konna”, “Cão Preto”, “Ti Seba”, são os principais criminosos que aterrorizam o bairro.
Na rua da pracinha da Mabor, nos “Os RPL”, os bandidos “Langa Butique”, “Armandinho” e “Tidepissa” este último, como disse um morador, foi alvejado com um tiro no ombro há alguns dias, quando fazia assalto com recursos a arma branca a um agente da polícia, trajado a civil, tiram o sossego dos moradores, que apelam aos homens ‘encapuzados’ que façam uma visita ao bairro, para estancar o grau de criminalidade que graça no distrito.