Saía de uma festa: SIC procura quatro de sete jovens acusados de agredir sexualmente menor de 13 anos na Petrangol
Três jovens de 17, 18 e 20 anos de idade, foram detidos por efectivos do SIC em Luanda, pelo facto de estarem implicados nos crimes de ameaças de morte, agressão à integridade física e abuso sexual com penetração, onde é vítima uma menor de 13 anos de idade.
Por : Solange Figueira Ambrósio
De acordo com o Porta-voz do SIC-Luanda, Superintendente-chefe, Fernando Carvalho, o crime ocorreu por volta das 5horas da manhã do dia 28 de Setembro, no bairro Petrangol, município do Cazenga, quando a menor voltava de uma festa, e terá sido abordada pelos acusados que, sob fortes ameaças de morte, com objecto contundente e agressão, subtraíram o relógio do pulso, o telemóvel e levaram-na para uma residência inacabada onde agrediram-na sexualmente.
Francisco António, acusado, de 18 anos de idade, diz que não abusou sexualmente a menor, e que a mesma consentiu com o acto, e aceitou fazer sexo com ele.
“Nós somos vizinhos, estávamos numa festa, ela pediu-me dinheiro em troca, aceitou fazer sexo comigo, às 5horas da manhã, na festa, ela pediu-me dinheiro e disse que se eu não lhe desse eu havia de gostar, eu não aceitei dar e fui para casa dormir, quando acordei tinham vários polícias na minha casa, algemaram-me e levaram-me para a cadeia”, disse.
Cristiano Sebastião, de 20 anos de idade, acusado, conta que também esteve na festa, e que a jovem foi quem pediu para se envolver com eles.
“Estudo a décima primeira classe e trabalho como ajudante de decoração, não nos envolvemos com ela ao mesmo tempo, foi separado, isso que ela contou à polícia é mentira, fiz sexo com ela sozinho e usei preservativo, não a violei”, disse.
Jackson Celestino Francisco, de 17 anos de idade, diz que a vítima era namorada do seu irmão menor.
“Fiz sexo com ela, mais foi ela quem nos chamou, na nossa rua ela já era rodada, já namorou com vários rapazes, aqui ela está a dizer que tem 13 anos, mais nós sabemos que ela tem 15 anos, está a mentir, naquela noite ela dormiu com vários homens”, acusou.
Manuel, irmão da vítima, diz que tudo aconteceu no último sábado de Setembro, quando a sua irmã foi para uma festa, acompanhada das amigas, e foi abordada por 7 jovens conhecidos.
“Ela foi violada por 7 rapazes, mais a polícia só capturou três deles, eles encontram-na na ponta da rua, um deles pegou o telefone dele deu na minha irmã para ouvir música, neste momento quando ela estava distraída, um dos jovens foi por trás dela e tapou a boca dela, o outro deu - lhe uma rasteira, levaram-lhe para a rua de trás, na Colômbia, numa casa abandonada, e começaram a abusa-la sexualmente, os vizinhos ouviram o barulho e a minha irmã a pedir socorro, arrombaram a porta da obra afim de socorre-lá”, descreveu, acrescentando que depois de serem flagrados, os jovens puseram-se em fuga.
“O estado de saúde da minha irmã é crítico, fomos ao hospital, medicaram-lhe e seguidamente mandaram nos ir para casa, hoje ela não veio aqui porque está com muitas dores e debilitada, nós não deixamos ela sair de casa de noite, ela só aproveitou a oportunidade porque a festa era na nossa rua, a minha mãe está traumatizada, os exames feitos confirmaram que ela foi abusada sexualmente, e mantida refém”, explicou, sublinhando que, como família, quer que se faça justiça, e que os envolvidos “apodreçam na cadeia, eles acabaram com a minha família”, exigiu.