Em menos de um mês: Polícia apreende mais de 460 mil litros de combustível ao longo das fronteiras da RDC, Namíbia e Zâmbia
A Polícia Nacional de Angola (PNA) apreendeu um total de 462.449 litros de combustível, no período de 08 a 28 de Outubro do corrente ano, ao longo das fronteiras com as repúblicas da Namíbia, Zâmbia e República Democratica do Congo, e deteve 19 presumíveis autores, que foram encaminhados ao SIC e a PGR para procedimentos criminais.
Por: Carla Nayara
A fronteira com a República Democrática do Congo foi a mais afectada com 96% dos casos de contrabando de combustível, seguida da Zâmbia 3% e da Namíbia com 1% dos casos.
As apreensões e detenções foram realizadas pelas forças da Polícia de Guarda Fronteiras e da Polícia Fiscal Aduaneira, que registaram durante a 2ª quinzena de Outubro, 69 casos de contrabando de combustível, sendo 185.300 litros gasolina e 277.149 litros de gasóleo, apreendidos nas províncias do Moxico (265.820), Lunda Norte (78.605), Cabinda (70.229), Zaire (41.130), Cuando-Cubango (4.040), Cunene (1.575), C. Norte (460), Uíge (340) e L. Sul (250).
No geral, durante as últimas três semanas, registou-se uma redução de 58% das quantidades de combustível apreendidas ao longo das fronteiras com o País.
Quanto ao modus operandi, o combustível é adquirido nos postos de abastecimento legais e acondicionado em recipientes de 25, 30 e 250 litros e é transportado em recipientes de 25 a 400 litros, camuflados em mercadorias diversas, ou lançado em rios para transporte, disfarçado em canoas. Os contrabandistas usam vias alternativas e caminhos fiotes para escapar das forças.
O produto, de acordo com a corporação, muitas vezes é camuflado em sacos, contendo roupa usada, quicuanga e alimentos do campo no sentido de desviar a atenção das forças.
Noutras situações, os recipientes contendo combustível são atirados ao rio, arrastados pela correnteza da água, e criam-se os esconderijos nos mangais, cujos contrabandistas movem-se de canoa para a recuperação do produto.
Em terra firme, ou em lagoas e riachos, o combustível é introduzido no país vizinho, onde é comercializado. A República Democrática do Congo continua a ser a rota preferencial dos contrabandistas, perseguindo lucros fáceis e excessivos.
A PNA reitera o seu compromisso com a segurança dos cidadãos e dos seus bens, o controlo das fronteiras e de mercadorias que por elas transitam, assim como o asseguramento das instalações e bens públicos, como garantia da ordem e tranquilidade públicas.