Mulher de 52 anos encontrada morta junto a Esquadra do Baia: Autoridades locais desconhecem a ocorrência passados mais de 10 dias
Uma cidadã nacional que em vida respondia pelo nome Lauriana Fonseca, de 52 anos de idade, residente no KM 30, distrito urbano da Baia, município de Viana, foi encontrada morta na passada quarta-feira, 13, após estar desaparecida do seio familiar por menos de 24 horas.
Por: Alfredo dos Santos Talamaku
A vítima comercializava hortícolas no mercado do 30. Na terça-feira, 12, como era costume, a senhora terá saído de casa para as suas actividades no referido mercado, e não mais regressou.
Na manhã do dia 13 do mês corrente, por volta das 05 horas e 30 minutos, disse Tony, um dos filhos da malograda, a família foi surpreendida com uma ligação telefónica, dando informação da existência de um cadáver nos arredores da Esquadra da Baia.
"Alguém identificou-se como agente do Serviço de Investigação Criminal, ligou para a minha irmã a comunicar que a mãe tinha sido encontrada morta", mas, continuou, "a informação era deturpada porque à pessoa que informava contradizia-se, por vezes dizia que o corpo havia sido encontrado próximo de uma cabine eléctrica, numa zona baldia, mais tarde alegou ser próximo da Esquadra da Baia, na zona da linha férrea e que já estava a ser removido", contou.
Para a família, disse o nosso entrevistado, as coisas começaram a se tornar estranha, desde o momento em que a Esquadra da Baia alegou desconhecer os factos.
"Fomos até ao local onde supostamente estava o corpo, todos diziam desconhecer a situação, então, nos dirigimos a esquadra e, pela nossa surpresa, o piquete desconhecia o caso”, explicou.
Desta forma, dirigiram-se até a Morgue Central de Luanda, e localizaram o do corpo, que apresentava sinais de agressões com meio contundente na região da cabeça e nas costas.
Com a intenção de se apurar o que estaria na base da morte da senhora, a família insistiu num esclarecimento por parte das autoridades, recorrendo ao Comando Municipal da Polícia Nacional em Viana, onde lhes foi entregue os pertences da vítima.
"Não sabemos como se explica o facto da Esquadra da Baia desconhecer o caso, e os pertences da mãe terem sido encontrados no Comando Municipal de Viana, desconfiamos haver segredos no processo, até desconfiamos do resultado da autopsia que atesta insuficiência hepática (disfunção do fígado em desempenhar as suas actividades normais ), ela nunca apresentou sintomas desta doença, ainda mais pelos sinais de agressão que o corpo apresentava quando fizemos a identificação na morgue, discordamos do resultado apresentado”, reclamaram.
Por outro lado, exigem que as autoridades mostrem o suposto agente que ligou.
“Temos o número e já deixamos no comando municipal, mas até aqui nada, ninguém esclarece nada", lamentaram.
A nossa equipa de reportagem contactou o Comando Municipal da Polícia em Viana, pelo que, de fonte segura ligada ao SIC, ficou provado que desconheciam os factos, e foi por via de várias ligações efectuadas que foi possível certificar-se da ocorrência, a partir da esquadra da Baia.
"Pude apurar que a senhora perdeu a vida depois de ter descido de um autocarro, possivelmente teve morte súbita", desvendou a nossa fonte.