Roubaram milhares de dólares: Antigas ‘estrelas’ de JES “Dino” e “Kopelipa” começam a ser julgados no Supremo
O Tribunal Supremo, em nota enviada ao Na Mira do Crime, torna público que terá início na manhã desta terça-feira, 10, o julgamento do processo N°38/2022 em que é participante o Ministério Publico e arguidos Manuel Hélder Vieira Dias "Kopelipa", Leopoldino Fragoso do Nascimento, Fernando Gomes dos Santos, e as empresas China international Found (CIF), Plansmart International Limited e Utter Right International Limited, acusados da prática dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder, branqueamento de capitais e tráfico de influências.
O processo que conta com 38 declarantes e testemunhas, tem como Juiz relator a Veneranda Juíza Conselheira, Anabela Valente, que tem como adjuntos os Venerandos juízes conselheiros Martinho Nunes e Inácio Paixão.
O Ministério Público é representado por Lucas Ramos ao passo que a defesa é composta pelos advogados Bangula Quemba, Benja Satula e Amaral Gourgel.
Hélder Viera Dias é acusado de sete crimes, mais dois do que Leopoldino Fragoso do Nascimento pronunciado por 5 crimes, em mais um processo que envolve figuras ligadas directamente ao ex-Presidente Eduardo dos Santos.
De acordo com a acusação, o ex-responsável pelos serviços secretos, Manuel Hélder Vieira Dias "Kopelipa" é acusado de crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documento, associação criminosa, tráfico de influência, abuso de poder e branqueamento de capitais, num total de sete crimes. Já o antigo chefe dos serviços de comunicações Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino", bem como o advogado Fernando Gomes dos Santos e You Hai Ming, da China Internacional Fund, vão responder pelos crimes de burla por defraudação, falsificação de documento, associação criminosa, tráfico de influências e branqueamento de capitais.
As empresas foram alegadamente usadas pelos arguidos para montarem um esquema que lesou o Estado em centenas de milhões de dólares, envolvendo um acordo de financiamento entre Angola e China para apoiar a reconstrução nacional, após a guerra civil que terminou em 2002.
Em 2020, os dois antigos homens fortes de José Eduardo dos Santos, tiveram de entregar ao Estado várias empresas e edifícios detidos pela empresas China International Fund Angola - CIF e Cochan, S.A., incluindo fábricas de cimento e cerveja, uma rede de supermercados e edifícios de habitação.
Por: Belchior Resende