Chineses Huan Tingi e Lui Ngan apanhados em Talatona a ‘minerar’ criptomoedas
Huan Tingi, de 44 anos de idade, residente em Angola há 3 anos, proprietário da empresa; e Chimingo Lui Ngan, de 45 anos, residente em Angola há 1 ano e 2 meses, ambos de nacionalidade Chinesa, residentes no bairro da Camama, Distrito Urbano da cidade Universitária, município de Talatona, foram detidos no passado dia 23 de Novembro, pelos efectivos do Serviço de Investigação Criminal, pela prática dos crimes de associação criminosa, mineração de criptomoedas, furto qualificado de água, interferência no sistema eléctrico nacional, fuga ao fisco, bem como o crime de vandalização de bens públicos.
Por: Cambuta Vieira
Às 17 horas do dia 23 de Novembro, uma denúncia anónima dava conta da existência de um estaleiro denominado Chimingo, pertencente a indivíduos chineses que actuavam no ramo de processamento de mineração de criptomoedas.
O Serviço de Investigação Criminal não cruzou os braços e fez-se ao local onde deteve os cidadãos em causa.
O porta-voz do Serviço de Investigação Criminal em Luanda, Superintendente-Chefe Fernando de Carvalho fez saber que "os detidos armazenavam os materiais há mais de um ano. Para verificar a veracidade dos materiais encontrados, buscou-se, então, o apoio do Departamento de Crimes Informáticos de Laboratório Central de Criminalista, onde se aferiu a existência de 1.047 aparelhos de mineração, 03 ventiladores, 01 poste de transformação (PT) de alta tensão e outros 03 postos de transformação em funcionamento, meios utilizados para o exercício da acção criminal".
O responsável continuou dizendo que "o mais agravante foi terem encontrado no mesmo estaleiro, um tanque de água de 40 mil litros, que deu origem no desvio da conduta de água sem autorização da EPAL.
Verificou-se a ligação anárquica de luz eléctrica para os PT's também sem autorização da ENDE.
Fernando de Carvalho apelou aos cidadãos estrangeiros ou investidores estrangeiros, que se encontram no país no sentido de cumprirem com as normas e obrigações dentro dos trâmites, porque o crime não compensa e não existe crimes perfeitos.
Diligências a nível do SIC continuam, para se averiguar outros elementos envolvidos no crime.