“Esperávamos que a polícia o matasse, e não qualquer um”: “Pit Bull” mata amigo com rajada de metralhadora durante assalto no Nzamba 1
Um cidadão nacional que em vida atendia pelo nome Milton Francisco Cameia “Goly”, de 20 anos de idade, morador da rua 9 do Tunga Ngó, município do Cazenga, rotulado como altamente perigoso, foi morto a tiro no dia 27 de Dezembro de 2024, supostamente pelo seu comparsa identificado apenas por "Pit Bull", quando ambos assaltavam uma residência situada na rua 3 da comissão do Nzamba 1.
Por: Kihunga Bessa
Falando ao Na Mira do Crime, Adão Miguel Cameia, Maria Luísa Francisco, pai e mãe do malogrado, contam que o facto ocorreu por volta da meia-noite do dia 27, quando "Pit Bull" portava uma arma de fogo do tipo "Mini-Uzi", supostamente roubada a um agente da polícia, colocado na estação dos Musseques, no asseguramento da quadra festiva.
Neste dia, o acusado foi à casa da vítima que já se encontrava a dormir, e convidou-o sair para efectuarem acções delituosas.
"O meu filho acordou, abriu a porta, mas, pela hora, um dos primos ainda tentou impedi-lo de sair, mas infelizmente o mesmo ignorou e foi", disse o pai.
Após saírem, conta o pai, Goly não mais voltou, e ficou desaparecido durante 10 dias.
“Procuramos incansavelmente em todas as esquadra do Cazenga e Rangel, tudo porque sempre que perguntávamos ao amigo, enrolava sempre a conversa”, contam os familiares.
Vendo que o tempo era demasiado, na Segunda- feira, 06, prenderam o amigo e o ameaçaram levar a polícia, “foi daí que confessou que após terem saído, invadiram uma residência na rua 3 da comissão, onde amarraram os membros superiores do proprietário, e, na tentativa de subtraírem os bens, a vítima do assalto desatou as cordas e foi contra o homem que estava com arma, no caso o "Pit Bull".
“Como a mesma já estava manipulada, ele começou a efectuar disparos, e atingiu o amigo, foi assim que tomamos conhecimento que o nosso filho está morto, mas não sabemos de concreto se foi a vítima do assalto que o matou, ou mesmo o próprio amigo, porque o corpo todo está crivado de balas” disse a mãe.
Acrescentou que, de imediato, accionaram as autoridades e, estas, postas em casa onde o criminoso estava imobilizado, foi dada a ordem de detenção, mas não do crime de homicídio reportado pelos familiares, mas por roubo de peruca.
"Quando chegaram, o chefe Mauro, efectivo do SIC, começou a nos ameaçar e disse que o camarada já estava a ser procurado por roubo de peruca, e não de homicídio", realçaram.
Informaram também que, depois do indivíduo ser levado para à 18° esquadra, os parentes terão seguido para abrir um processo contra o mesmo, mas foram impedidos pelo chefe Mauro.
"Sei que o meu filho foi gatuno, nós nunca negamos isso, esperávamos que a polícia é quem o matasse e não qualquer um, logo, este deve ser responsabilizado e não ser protegido", disse o pai.
Após ouvir os familiares do malogrado, a nossa equipa de reportagem dirigiu-se até a referida esquadra para ouvir as autoridades visadas no caso.
No local, Mauro, efectivo do Serviço de Investigação Criminal, fez saber que após tomarem conhecimento do caso, deslocaram-se até à residência onde o elemento estava, e encontraram a ser a torturado.
"O que fizemos foi tirá-lo das garras dos familiares e levar até a esquadra, eu não protejo maldade muito menos criminosos", observou.
Acrescentou que, a família exige que o mesmo seja detido pelo crime de homicídio, mas, sublinha, por estar fora do flagrante delito, ainda é prematuro que assim seja.
"Nós o detivemos porque já estava a ser procurado por vários crimes", informou.
O Na Mira do Crime sabe que o caso já tramitou para o Comando do Cazenga.