Uma página do Facebook publicou uma “informação errada” nesta quarta-feira, 08, dando conta que, Hospital Provincial do Bengo, realizou-se uma autópsia a uma criança de sete meses, de nome “Douclenia Domingos da Silva”, sem o consentimento da família. No dia do funeral, diz a informação, a família foi surpreendida com a retirada de órgãos do corpo da criança, “enquanto tiravam o corpo para lavar”.

Por: Carla Nayara

Em nota enviada ao Jornal Na Mira do Crime na manhã desta quinta-feira, 09, O Serviço de Investigação Criminal no Bengo, informa que tomou conhecimento na manhã desta quarta-feira, 08.01.024, de uma informação posta a circular na rede social Facebook, publicada pela página Acerola Tropa de Cristo, que afirmava que o Hospital Provincial do Bengo teria realizado autópsia e retirado os órgãos do cadáver de uma bebé de 7 meses, sem o consentimento da família, outrossim, que o mesmo cadáver teria sido abusado sexualmente.

Dada a pertinência da informação, SIC-Bengo deslocou uma equipa multitécnica composta por especialistas do Laboratório Provincial de Criminalística e Medicina Legal, para apurar os factos.

Feitos os exames que se imponham e de acordo com os resultados médico-legal, diz a nota, determinou e conclui-se o seguinte: Que, em função da referida informação, o cadáver foi autopsiado pela Medicina Legal do SIC-Bengo por forma a se aferir a suposta extracção de órgãos; Que o Exame médico-legal foi acompanhado e presenciado pelos familiares do cadáver, de modos a se evitar especulações; Que o cadáver em causa não tinha sido autopsiado pelo Hospital Provincial do Bengo, tampouco foi-lhe retirado algum órgão, como dizia a informação posta a circular nas redes sociais; Que, as suspeitas do abuso sexual por conta da ligeira abertura do ânus do cadáver, tratou-se de um processo natural cadavérico, devido ao relaxamento do esfíncter, um músculo contrátil, responsável pela contracção e relaxamento anal e que, na morte, tende a relaxar por falta de vitalidade sendo que, em alguns casos, até é comum encontrar digestos na roupa do cadáver.

Portanto, as transformações verificadas no cadáver são próprias da fase inicial do processo de decomposição cadavérica

Por fim, O SIC informa que está em curso diligências para se responsabilizar o autor da informação posta a circular nas redes sociais.

O Na Mira do Crime sabe que a causa da morte foi confirmada como doença— choque séptico e insuficiência respiratória.

Quanto a dermatite (assaduras) nas nádegas, são resultantes da diminuição da imunidade e uso constante de fraldas.