Município de Belas: Administrador do Distrito Urbano de Quinguela envolvido em vendas de terrenos
Conhecido apenas por Cândido, o administrador do Distrito Urbano do Quinguela, ao município de Belas, é acusado de estar envolvido em negociações de terras no município que dirige. O caso mais recente, envolve um espaço de 80 hectares, terra que pertence supostamente a família Domingos Pedro de Andrade.
Por: Matias Miguel
Os herdeiros de Domingos Pedro Andrade, procuraram o NA MIRA DO CRIME para denunciar o administrador distrital, a quem acusam de ‘manobistra’.
“Ele não vende apenas terras, também tem passado terrenos baldios para o seu nome, por exemplo, existem três terrenos no Bita Tanque que ele passou para seu nome, os espaços têm a dimensão de 50x30, e num destes terrenos ele construiu uma residência”, denunciaram.
Durante a presença do NA MIRA no terreno, encontramos Maria Madalena, que estava a comercializar lotes de terra, e disse ter autorização de construir, apesar de não exibir nenhum documento.
No entanto, a senhora levou-nos até a comissão de moradores onde diz ter recebido uma declaração que a autoriza a construir. No local, questionamos os funcionários se aquela prática era legal, eles apenas responderam que eram orientações expressas do administrador Cândido.
No referido esquema, segundo os denunciantes, Cândido conta com a colaboração do chefe da comissão de moradores, conhecido por Isaac, que é também chefe da fiscalização do Quinguela.
O Na MIRA tem em posse um dossier que confirma a legalidade de 80 hectares a favor da família Domingos Pedro Andrade, encabeçada por Zelita Magalhães Castro, seguida por João Andrade Castro e Hemílio Andrade Castro. A declaração foi passada pelo Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Integrado sob a referência nº 03/GPLI/2015.
Num outro documento do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural ofício nº 830/93 de 3 de Novembro de 1093, reconhece como digno proprietário do espaço em referência a família Andrade.
Contraditório.
O NA MIRA DO CRIME procurou ouvir o administrador do distrito, no entanto este pediu oito dias para se pronunciar.
No entanto, passados mais de oito dias, o mesmo continua em silêncio.