Dois mil Kwanzas ao dia - Polícias de Guarda Fronteiras e Fiscal acusadas de extorquir pescadores em Cacuaco
Os donos das embarcações de pesca artesanal, o famoso Bate Bate, queixam-se de mau comportamento de alguns efectivos das polícias de guarda fronteira e fiscal aduaneiro que actuam nas praias do município de Cacuaco.
Por: Kihunga Bessa
Segundo donos de embarcações, a polícia de guarda fronteira, naquele município, trabalha com a finalidade de puder controlar as fronteiras marítimas, já que muitos estrangeiros aproveitam o mar para escalar o nosso território.
"Mas esses fogem das suas tarefas e fazem das embarcações a sua fonte de rendimento, cobrando diariamente a cada 2.000 Kwanzas", denunciam.
Acrescentam que além da polícia de guarda fronteira, a polícia fiscal aduaneira também faz a mesmíssima coisa.
Bartolomeu Tomás Diniz, um dos embarcadores conta que os órgãos ora citados, sobretudo a polícia de guarda fronteira, faz-se passar também por fiscal, pedindo os documentos das embarcações assim como as cédulas marítimas de cada pescador para que consigam extorquir melhor.
"Eles aproveitam quando encalhamos em terra, e se, por exemplo, conseguimos pescar 10 ou 20 caixas, o pagamento para os mesmos sobe", afirmam, revelando que, o que os deixa insatisfeitos é saber que os patrões já vão a direcção da fiscalização marítima pagar as taxas mensais, não havendo necessidade de mais cobranças anárquicas.