Maltratada - Direcção de Informações Policiais promete alteração do clima operacional por falta de promoções
A Direcção de Informações Policiais, um órgão do Ministério do Interior, foi institucionalizada com base o Decreto Presidencial 152/19, tendo como papel: analisar, processar e centralizar as informações de interesse Policial. No entanto, desde a sua criação até aos dias de hoje reina um clima de descontentamento no seio dos seus efectivos que dizem estar a ser maltratados, uma situação que fará com que alterem o clima operacional por falta de promoções.
Por: Belchir Resende
Numa carta dirigida ao Presidente da República, ao Ministro do Interior e ao Comandante Geral a que este jornal teve acesso, os alegados efectivos dessa direcção dizem que têm feito o seu trabalho afincadamente, assim como tem auxiliado no esclarecimento de delitos dentro da corporação.
“A referida Direcção está sem promoções desde tempo do Serviço de Sector, com Chefes de Secções e Brigadas assim como de Núcleos não nomeados, nem sequer indicados, há 3 anos de existência”, salientam, sublinhando que a missão deste órgão da Polícia Nacional é bastante relevante para merecer a desconsideração das autoridades governamentais.
“Infelizmente, hoje em dia, temos oficiais operativos frustrados que nem sequer alguma informação conseguem elaborar, fruto da péssima gestão das Vossas Excelências”, assinalam, acrescentando que a Direcção de Informações Policiais já realizou 03 cursos de Especialização com todos especialistas de Informações, mas em nenhum desses cursos promoveram um efectivo.
Pedem para que se respeite o Serviço de Informações dentro da Polícia, porque os órgãos de Investigação Criminal “que tanto consideram”, tomam conta de delitos, muitas vezes, em função de esforço de Pesquisa Operativa, que esses especialistas têm realizado. “Não é Possível que a DIIP, que é um órgão novo, tenha sempre a sorte de realizar formações de promoções enquanto as suas acções operativas estão totalmente interligadas com a Direcção de Informações Policiais (DINFOP)”, rejeitam, sugerindo que a DINFOP não deve ser considerada apenas nos momentos de trabalhos árduos, mas também quando há benefícios.
Relatam ainda que os efectivos dessa direcção frequentaram três cursos, mas não foram promovidos, mas neste momento ocorre o segundo Curso da DIIP donde todos sairão promovidos e, quiçá, graduados. “Nós estamos nesse órgão ao serviço da Nação e temos quase todo conhecimento dessa Nação Angolana e, caso essa situação continuar, aconselhamos extinguir a Direcção, porque os próximos tempos prometem alteração do Clima operacional, pondo em risco a divisa “Inteligência Firmeza e Prevenção”, anunciaram.
Acreditam que alguma coisa não vai bem. “Nos formaram e sabemos praticar o que aprendemos em todos campos. Por exemplo, o Congo Democrático proíbe a circulação de viaturas pesadas angolanas no seu território, e já temos todas informações do que poderá acontecer, mas, infelizmente, não daremos tais informações, porque somos maltratados”, determinaram, lembrando que têm um colega que, actualmente, vive em Moçambique, porque queriam matá-lo no exercício do trabalho do Estado.
“Inventaram o qualificador de funções do Especialista de Informações Policiais, desde 2023, mas até hoje não se reflecte na vida dos Especialistas.