Clínica do Prenda: Utentes queixam-se da morosidade no atendimento enquanto doutores distraem-se com telemóvel
As áreas de Medicina, Urologia e Ortopedia, na Clínica do Prenda, localizada no município de Luanda, têm sido as mais procuradas pelos pacientes que ocorrem aquela unidade sanitária, mas a demora no atendimento tem deixado os utentes insatisfeito e preocupados.
Por: Cambuta Vieira
Na manhã desta segunda-feira, 25, uma equipa deste jornal deslocou-se até o referido hospital, onde foi possível constatar a enchente de quem procura a saúde.
Por um lado, está o fraco atendimento e a chegada tardia dos enfermeiros e médicos que lá funcionam.
Dona Paula, falou com exclusividade para este jornal, e disse que tem sido um hábito os médicos começarem a atender às 11 ou 12 horas, “mas se tens um médico conhecido é rápido, não demoras", atirou.
“É o único hospital que temos próximo, para nós que vivemos nessas imediações, não nos resta mais nada, é só olhar e aguentar”, disse Maria Luís, utente que está com ferro no pé, e desde às 06 horas que chegou ao hospital, disse que teve que implorar para ser atendida, isto por volta das 11 horas e 45 minutos.
"Como se não bastasse, mandam voltar com o resultado do raio-X, e me obrigaram a fazer mais outro raio-X, para trazer em Janeiro”.
Áurea Vieira, diz que saiu de casa às 06 horas da manhã, com bastante dor no pescoço e no ombro, teve de aguardar até às 12 horas para ser atendida.
"É lamentável, tanta gente a aguardar pelo médico, só nos resta ter paciência". Outro sim, é a falta de computador na sala 08, visto que é a sala que tem a obrigação de distribuir os utentes em função das áreas de saúde.
Como se não bastasse, a equipa de enfermeiros que lá trabalha, tem a obrigação de chegar cedo e organizar a papelada, mas estes chegam às 09 horas, para tratar a papelada e indicar que sala se dirigir.
Enquanto os pacientes clamam por um atendimento mais célere, rápido e dinâmico, para diminuir a enchente, do outro lado, o Na Mira do Crime flagrava um médico a ver vídeo no telefone, como se não houvesse nada por se fazer.
Até às 12 horas e 20 minutos que a equipa deste jornal abandonou o hospital, o médico ortopedista da sala número 10 não se fazia presente na sala para consultar os doentes que o aguardavam desde às 06 horas da manhã.