SIC apreendeu em nove meses mais de 48 mil Kg de cocaína e 1.228 armas de fogo – Luciano Tânio da Silva
O Director-Geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Luciano Tânio da Silva, avançou, na manhã desta quinta-feira, 28, durante o seu discurso na comemoração do 49.º aniversário daquela instituição, que, feita uma avaliação preliminar, de Janeiro a Novembro do ano em curso, foram registados cerca de 53 mil e 445 crimes de várias ordens.
Por: Cambundo Caholua
A cerimónia de celebração decorreu nas instalações do SIC-Geral, situada no município de Cacuaco, e em representação do Ministro do Interior (MININT), Manuel Homem, o Director Geral do SIC presidiu o acto e apelou aos efectivos, no sentido de se manterem firmes e primarem pelo trabalho digno, sem esperarem recompensas.
"Ser agente do SIC implica muitas vezes colocar a própria vida em risco, para salvar a vida de outras pessoas, dar o melhor de si, sem esperar qualquer compensação ou um simples reconhecimento", aconselhou.
O acto contou também com as presenças do Comandante Nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), Comissário Bombeiro Principal, Manuel Matanda Lutango, do Director-Geral do Serviço Penitenciário, Comissário Prisional Principal, Bernardo Pereira do Amaral Gourgel, bem como do Director-Geral do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), José Coimbra Baptista Júnior, e outras ilustres figuras.
Por outro lado, Luciano Tânio da Silva explicou que apesar de se considerar a situação de segurança pública estável no país, no entanto, os crimes de homicídios, ofensas à integridade física e os crimes sexuais, sendo estes a serem praticados por pessoas conhecidas das vítimas, ou então por questões passionais, crenças ao feiticismo e por desentendimento sobre questões ocorridas no quotidiano, são aqueles que mais preocupam a corporação.
"Preocupam-nos também os actos de violação contra mulher, no seio da família", tendo acrescentado, que só em crimes sexuais, durante este período, foram registados cerca de mil e 716 casos.
Continuando, o número um do SIC, informou que neste período, de Janeiro a Novembro, registou-se 24 mil detenções, sendo 978 cidadãos pela prática de diversos crimes.
No entanto, foram apreendidas mil e 228 armas de fogo de diversos calibres, 611 carregadores e 4 mil 143 munições, bem como 677 viaturas que haviam sido roubadas ou furtadas e 235 motorizadas. Foram cumpridos 14 mil e 32 mandado de detenção; foram remetidos ao julgado de menores 633 processos, com 921 menores sob protecção; foram remetidos aos tribunais 32 mil e 715 processos, sendo 10 mil e 890 com presos e 21 mil e 825 sem presos.
De igual modo, segundo o Director Geral, foram ainda remetidos a julgamento sumário 2 mil e 974 processos, com 6 mil 124 detidos, tendo sido condenados 2 mil e 746 cidadãos e absolvidos 2 mil e 88, assim como mil e 291 adiados; foram cumpridas 11 mil e 959 sequências investigativas, que permitiu o esclarecimento de 13 mil e 313 crimes, com a detenção de 9 mil e 343 cidadãos.
Foi possível o Serviço de Investigação Criminal apreender mais de 48 mil Kg de cocaína; 15 toneladas de cannabis; mais de 48 mil supostas pedras de diamantes; cerca de 3 milhões e 900 mil litros de combustíveis, sendo 2 milhões e 600 mil litros de gasolina, um milhão e 500 mil litros de gasóleo e 327 mil litros de petróleo iluminantes.
Na ocasião, também destacou a apreensão de medicamentos diversos por apresentarem data de consumo vencida e mau estado de conservação.
O Na Mira do Crime aproveitou a ocasião e ouviu o Porta-voz do SIC-geral, Superintendente-chefe, Manuel Halaiwa, sendo questionado sobre as detenções que têm ocorridos e, posteriormente, os implicados são em pouco tempo postos em liberdade.
Na mesma cerimónia, foram homenageados alguns efectivos do SIC, que durante este período se destacaram na nobre missão.
"A missão do SIC é deter indivíduos envolvidos em actos criminosos, aqueles que têm fortes indícios de terem praticado determinado crime, são detidos e logo a seguir a nossa missão é fazer presente ao ministério público, este, por fim, decide sobre a formalização da detenção se vai manter ou não, isso é do seu entendimento", respondeu.
Manuel Halaiwa apelou à população a manterem confiança ao Serviço de Investigação Criminal, sendo um órgão que garante a estabilidade do cidadão.