Assaltos à mão armada fazem o dia-a-dia dos moradores do bairro EPAL, principalmente no período nocturno, deixando muito a desejar aqueles que esperam sempre pela intervenção das autoridades policiais, que nunca chagam no momento exacto.

Por: Leonor Correia (Estagiária)

Maria Baptista, uma das últimas vítimas desses assaltos, assegurou que os moradores fazem de tudo para “não facilitar” os amigos do alheio, mas mesmo assim, desesperados, cada um espera pelo seu dia, mais tarde ou mais cedo.

“Antes de dormirmos, certificamos se todas as janelas e portas estão fechadas”. Contudo, nem sempre essas medidas são totalmente eficazes, pois os marginais estão munidos de equipamento que os habilita a arrombar janelas e portas sem barulho.

“Certo dia, quando meu filho pediu para ir a casa de banho urinar, certificamos se as janelas estavam mesmo fechadas e estava tudo bem, mas às sete horas da manhã, o meu marido se apercebe que a janela da cozinha estava aberta e a botija tinha sido levada: a residência tinha sido assaltada”, contou.

Luzivandro da Silva explica que estava em casa a dormir e, de repente, começou a ouvir um barulho na janela como se estivessem a força-la.

Quando se aproximou da porta, deparou-se com uma pessoa já a querer entrar, “mas quando me viu pôs-se em fuga”, relatou, referindo que, porque estava escuro, ele decidiu ir atrás do fora-da-lei.

Ele explica que estava com um copo de vidro na mão e lançou-o, tendo batido na parede sem atingir o marginal que, afinal, não estava sozinho.

“Os outros dois que estavam atrás de casa, aproveitaram-se da minha saída para entrar pela janela e retiraram o televisor plasma e o meu telefone que estava por cima da cama”, disse lembrando que quando notou a presença do primeiro marginal, havia ligado para um vizinho com o objectivo de pedir ajuda, mas não atendeu.

Esse vizinho, depois, retomou a chamada e ninguém atendia.

Considerou estranho e saiu para avaliar o que se estava a passar, tendo notado o movimento de dois jovens a saírem com o televisor plasma e os perseguiu, forçando os meliantes a abandonarem o televisor e o telefone.

O Na Mira do Crime sabe que nas últimas horas, foram vistos carros patrulheiros a circularem no bairro, proporcionando algum alívio aos moradores que não poupavam críticas à corporação.