Os moradores das zonas do Cazenga Popular e Sete e meio, no município do Cazenga, mostram- se preocupados por conta dos altos índices de roubos na via pública, estabelecimentos comerciais e residências com recursos a arma de fogo e catanas, e clamam pela intervenção das autoridades locais.

Por: Kihunga Bessa

Simão António, (nome fictício) morador da rua do Baifa, conta que nos últimos dias várias pessoas foram vítimas de assaltos na via pública, com recursos a arma branca, (Catana), e foram registados mais de vinte e cinco roubos.

Fernando Domingos, outro morador há mais de duas décadas, conta que vivem uma situação totalmente difícil por conta dos amigos do alheio, que tiram o sossego àquela comunidade do Cazenga Popular e sete e Meio.

Explicam que as ruas da Holanda, Vaidade, Sete e Meio, Zamba l e a do Marco Histórico são as mais visadas pelos marginais, que não têm hora para cometimento de crimes.

“Há três semanas, por volta das 22 horas, uma cantina de um cidadão de nacionalidade Senegalesa, localizada na rua Baifa, foi assaltada por um grupo liderado pelo bandido De party, que por sinal é morador da mesma rua, e subtraíram dois telemóveis de marca Itel, os documentos do cidadão estrangeiro, 600 mil kwanzas, entre outros bens”, revelou.

“Nós aqui passamos mal, não conseguimos andar, sobretudo no período das 18 horas, a noite já ninguém deve circular sob pena de ser vítima de assalto, estes grupos são flutuantes e vêem a convite do De party”, acusaram.

Revelam que o mesmo é tido como como um dos bandidos mais temido da rua Baifa e portador de uma arma de fogo, do tipo pistola.

" Ele não tem medo de ninguém, muito menos das autoridades", denunciaram.

O Na Mira do Crime identificou os nomes dos grupos e rostos dos integrantes indicados pelos moradores, tratando- se dos grupos “Colômbias", “Os Faca Pilhantes", “Os que nunca foram", entre outros.

Confira os nomes dos bandidos: "De Party", "De Zirro", "Bebé Laike",  "Zikilson", "Carucha", "Wilson da Bula" e "Gui", estes são os mais perigosos.

Este jornal sabe que os bandidos ficam concentrados no Tanque do Cazenga, onde idealizam as suas acções criminais.

Quanto a actuação da Polícia, os moradores dizem-se desprotegidos, pelo facto dos efectivos da polícia da esquadra do Antonov, serem mais amigos dos marginais e não dá população.

"Estamos cansados de fazer participação dos casos, porque a nossa polícia local pouco ou nada faz para desencorajar as práticas dos bandidos, mesmo conhecendo perfeitamente os bandidos, isto deixa a sensação que são todos da combina", deduziu um dos moradores sem querer gravar entrevista.

Depois de ouvir aqueles habitantes, a equipa de reportagem deste jornal rumou para a esquadra do Cazenga Popular, no sentido de ouvir o comandante sobre as acusações obtidas pelos moradores, infelizmente o mesmo não se encontrava presente.