Assaltos à mão armada e pilhagem são algumas marcas deixadas por marginais em algumas escolas do município do Kilamba Kiaxi, em Luanda. A situação enriquece relatos sobre a insegurança nesta circunscrição, deixando os moradores apreensivos.
Por: NA MIRA DO CRIME
Nos últimos meses, a onda de assaltos nas escolas do município do Kilamba Kiaxi, um dos mais populosos da província de Luanda, tem crescido de forma assustadora, cenário que já não acontecia há anos, e preocupa os directores, alunos, professores e encarregados de educação dos bairros do Palanca e Kapolo 2, que pedem mais presença policial por considerarem que a delinquência se tornou insuportável.
Uma fonte que não quis ser identificada reconhece que as autoridades têm conhecimento da situação, mas nada fazem para inverterem o quadro.
“Praticamente, a Administração Municipal e a polícia do distrito remetem-se ao silêncio; não tenho dúvidas que muitos pais e encarregados de educação venham retirar os filhos da escola devido às constantes ondas de assaltos”, disse a fonte.
Por exemplo, na escola n• 8024, Ex - 1213 no Palanca, o professor Bénis Pedro, diz que a delinquência juvenil tem levado muitos alunos a abandonar a escola, alguns porque enveredaram para este mundo e outros por medo, principalmente, no ensino nocturno.
“A escola, muitas vezes tem servido de palco para rixas entre grupos rivais, outras vezes são vandalizadas e os alunos são agredidos e desprovidos de bens por marginais”, disse um professor.
A directora do colégio Público N• 8023 Ex- 1212, no Palanca, Filomena Ramos, com o rosto desconsolado, disse que o momento que a escola vive é considerado triste, vergonhoso é humilhante.
“Não há segurança e ninguém gostaria de ver seu descendente a ser molestado, por isso, quando acontece, devo é apenas colaborar, ou seja, passar a transferência”, orientou.
Na Escola do Ensino Secundário, II ciclo “ Kapolo II” N• 6038, Emerson, nome fictício, diz que a situação não é diferente, apesar de ser uma escola que está dentro da unidade policial; os assaltos são constantes e a falta de iluminação não favorece, a partir das 17h; é um risco enorme passares por aí e os mais prejudicados são os estudantes e as pessoas que estão de passagem.