No Mirú: Gangue UF composta por 200 elementos toma de assalto ruas de Viana
Parece uma miragem, mas a prática diz que está a acontecer mesmo. Um grupo denominado por UF, constituído por cerca de 200 elementos, tomou de assalto a maior parte das ruas do Bairro Mirú, município de Viana, onde fazem assaltos aos moradores e transeuntes.
Por: Augusto José
Nomes como: ″Tá Borrado, Tá Baté, Te Fulano, Metralha″ só para citar alguns, são conhecidos como elementos que comandam aquela que é considerada a maior gangue de Angola, que dia e noite têm amedrontado os moradores com as suas acções.
"Eles ameaçam os cidadãos com armas de fogo e brancas. E quando se pensa que já fizeram tudo e foram embora, eles reaparecem deixando um recado: "quem mostrar as nossas residências vai ser punido".
O que mais preocupa é a composição desse grupo que chegou as centenas.
"Eles têm de realizar o maior número de assaltos para alimentarem as duas centenas de marginais", disse um jovem que assegura que para não ocuparem as ruas, outros integrantes "espalham-se" noutras zonas de Viana e municípios vizinhos. ´
Apesar de várias denúncias feitas pelos moradores, tanto na esquadra da polícia, como no posto policial adjacente ao bairro, nada está a ser feito para se inverter o quadro.
Dizem também que os agentes da polícia estão mais preocupados com a extorsão aos moto-taxistas nas paragens, em vez de acudirem a situação da criminalidade nos bairros.
Revelam ainda que devido à alta criminalidade, muitas famílias estão a abandonar o bairro do Mirú para zonas relativamente mais seguras.
″É triste ver famílias a abandonarem o bairro por causa desses jovens", lamentou.
Cadeia é lugar turístico
"Esses miúdos roubam, ainda nos dizem que têm padrinho na cozinha; pelo que podem fazer o que quiserem. Aliás, desfiam, "cadeia é um lugar turístico", porque entram e saem logo. "Já gritamos, já choramos, infelizmente, ninguém consegue nos ajudar; a polícia e o SIC conhecem muito bem esses rapazes, mas não querem os prender", disse um morador que ilustra ainda que os polícias ficam mais nas paragens da Mamá Gorda e no Alimenta Angola a cobrar dinheiro aos motoqueiros, enquanto os marginais realizam assaltos.